No próximo dia 16, será inaugurada oficialmente a primeira unidade agrícola com chip de rastreabilidade nacional, produzido pelo Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), especializado no desenvolvimento e produção de circuitos integrados de aplicação específica (ASICs. Será uma fazenda em Minas Gerais, com 500 bovinos. A informação é do chefe de gabinete do Ministério da Ciência e Tecnologia, Alexandre Navarro Garcia, em sua apresentação no Painel de Debates nesta sexta-feira, 9, último dia do Secop – 2009 (Seminário Nacional de TIC para Gestão Pública), realizado em Salvador.
Disse que o programa coordenado pelo Ministério da Agricultura deverá também estar instalado no curto prazo no Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, com apoio do BNDES. "Já existem empresas japonesas querendo participar dessa iniciativa com o Ceitec, e também abre oportunidades para empresas brasileiras", acrescentou.
O Brasil tem hoje um rebanho de 210 milhões de cabeças de gado e exporta um total de R$ 2,5 bilhões anualmente. O chip desenvolvido pelo Ceitec é o primeiro dispositivo de uma linha de produtos de rastreabilidade animal denominados de Animal Tracking Device (ATD) e que incluirá ainda as cadeias de suínos e aves.
Ciração de infovia
O chefe de gabinete do MCT confirmou também os estudos para criação de uma infovia composta por empresas do como Petrobras, Chesf e da Eletronet (empresa falida assumida pelo governo) que detém uma rede de 16 mil metros de fibras ópticas. Uma das possibilidades aventadas é a inclusão da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) no projeto. "O projeto ainda não definiu que tipo de organismo será criado, não se sabe se o TCU irá questionar", explicou Garcia.
A RNP tem 27 pontos de presença (PoPs) instalados em todas as capitais do país, interligando cerca de 600 unidades de instituições de ensino e pesquisa e algumas iniciativas de redes regionais, principalmente redes estaduais e redes metropolitanas de ensino e pesquisa. Em 2005, a capacidade de comunicação entre os PoPs começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica (WDM) em alguns enlaces, o que elevou a capacidade destes a 10 Gbps, que está sendo ampliada para 20 Gbps.
A RNP possui conectividade internacional própria. Um canal de 650 Mbps e um de 1 Gbps são usados para tráfego de internet de produção. Uma outra conexão, de 155 Mbps, está ligada à Rede Clara, rede avançada da América Latina. Através da Clara, a RNP está conectada a outras redes no mundo, como a européia Géant e a norte-americana Internet2.
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