Publicidade
Início Newsletter (TI Inside) CRE aprova adesão do Brasil à Convenção sobre o Crime Cibernético

CRE aprova adesão do Brasil à Convenção sobre o Crime Cibernético

0
Publicidade

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (9) a adesão do Brasil à Convenção sobre o Crime Cibernético, celebrada em Budapeste, na Hungria, em novembro de 2001 (Projeto de Decreto Legislativo 255/2021). O texto foi relatado pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS). Foi aprovado requerimento de regime de urgência para a matéria no Plenário, do senador Cid Gomes (PDT-CE). 

“Não podemos mais perder tempo na adesão a esse tratado. Os crimes cibernéticos podem ser praticados em massa, mas são praticados no dia a dia. Em 2020 foram 8,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no Brasil. Diariamente os companheiros senadores devem ser vítimas de tentativas de hackeamento. Isso é algo que tem que ser tratado com absoluta prioridade pelo país”, explicou Cid Gomes. 

A presidente da CRE, senadora Kátia Abreu (PP-TO), explicou a importância da adesão do Brasil à convenção: 

“O Brasil já tem o Marco Civil da Internet [Lei 12.965, de 2014], mas esses crimes não têm fronteira. Essa aprovação vai permitir uma forte cooperação com países que vão ajudar a Justiça brasileira a encontrar provas, porque o difícil é materializá-las.” 

A Convenção de Budapeste visa facilitar a cooperação internacional para o combate ao crime na internet. O documento lista os principais crimes cometidos por meio da rede mundial de computadores. Elaborado pelo Comitê Europeu para os Problemas Criminais, com o apoio de uma comissão de especialistas, foi o primeiro tratado internacional sobre os chamados “cibercrimes”. A convenção já foi assinada por 66 países e é usada por outros 158 como orientação para suas legislações nacionais. 

O Brasil foi convidado a aderir à Convenção em dezembro de 2019. 

Para o relator Nelsinho Trad, “a cooperação internacional mostra-se ferramenta imprescindível para o combate aos crimes cibernéticos cometidos contra os dados e sistemas e por meio da internet e de outros sistemas de computador”. 

Nova subcomissão  

A CRE aprovou a criação de uma subcomissão permanente com o objetivo de debater a regulamentação do artigo 6º do Acordo de Paris sobre o clima. O dispositivo trata dos mercados de créditos de carbono, usados para compensar a poluição ambiental. O requerimento foi do senador Marcos do Val (Podemos-ES). A subcomissão terá três membros titulares e três suplentes. 

“Diversos projetos tramitam no Congresso com o objetivo de instituir o marco regulatório do mercado de carbono. Nosso país está muito atrasado na matéria. As atividades da subcomissão devem envolver os principais atores ligados à matéria, com vistas à criação [desse marco]”, explicou o senador na justificativa do requerimento. 

Kátia Abreu aproveitou a reunião para indicar Marcos do Val como presidente da subcomissão. 

Estatuto do Estrangeiro  

Parecer da senadora Kátia Abreu, aprovado pela CRE, considerou prejudicado o PLC 10/2017, que revogava dispositivo do Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815, de 1980), passando a permitir que estrangeiros dirijam sindicatos e associações de trabalhadores. Segundo observou a relatora, o projeto perdeu sua finalidade com a revogação do Estatuto do Estrangeiro pela Lei de Migração (Lei 13.445, de 2017). O parecer foi encaminhado à Mesa do Senado Federal. As informações são da Agência Senado. 

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile