Kaspersky identifica dois golpes usando pagamento via QRCode do PIX

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Foram necessárias menos de 72h úteis no ano de 2022 para que os especialistas da Kaspersky confirmassem um de seus prognósticos para o ano: ataques usando códigos QR. Foram detectados dois ataques: um voltado aos usuários domésticos e o outro focado em pequenas e médias empresas. Em comum, está a opção de pagamento via QRCode do PIX. Para evitar ser vítima, a única solução é ter atenção para evitar cair no golpe.A Kaspersky detalha os esquemas fraudulentos.

A primeira fraude é bem conhecida e extremamente comum nessa época do ano: as famosas faturas/contas falsas. No exemplo identificado pela Kaspersky, os criminosos disfarçaram o golpe em uma conta de telefonia/internet. A única novidade é a presença do QR Code como opção de pagamento. Um detalhe mostra que, para os criminosos, a nova opção de pagamento tem a preferência, pois é oferecido um suposto desconto de 5% se o pagamento usar esse método.

Para tornar o golpe mais convincente, os criminosos ainda criaram uma técnica para disfarçar o e-mail real que realizou o envio da mensagem falsa (o nome da empresa foi borrado para preservar a marca, que também é vítima neste golpe):

"Transações via PIX já são o método de pagamento mais usado no Brasil antes mesmo da tecnologia ter completado um ano de existência e sua facilidade de uso foi o que permitiu a grande adoção, tanto por consumidores quanto pelas empresas. Receber o dinheiro da venda na hora é algo muito benéfico para pequenos empreendimentos. Infelizmente, isso acaba beneficiando também o cibercrime. Muitos golpes acabam morrendo na praia, pois a vítima percebe a fraude e consegue cancelar a operação junto a instituição financeira. Porém os métodos de pagamento digitais — e isso não é exclusividade do PIX — são instantâneos e, consequentemente, vantajosos para quem usa a tecnologia de forma maliciosa", explica Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil.

Já a segunda mensagem fraudulenta está disfarçada com uma oferta falsa que usa uma plataforma de streaming popular em uma suposta parceria com duas grandes redes de cinema. A isca é um suposto plano trimestral para assistir filmes em cartaz no conforto de casa por R? 267,99 — e visa atrair a atenção dos cinéfilos. Aqui, a única opção de pagamento é o QRCode do PIX.

"No primeiro esquema, o QR Code foi adicionado como alternativa, mas no segundo, o golpe foi criado apenas com ele. Isso mostra o interesse e a tendência do abuso dessa tecnologia nas fraudes online que pontuamos como uma tendência para este ano. Me surpreendeu muito seu surgimento logo nos primeiros dias do ano e isso só reforça o quanto esta prática deve se tornar popular no decorrer do tempo. O que mais me preocupa é que não há muito o que pode ser feito agora para evitá-lo, pois o pagamento direto via QR Code é algo legítimo e não pode ser bloqueado como um site falso. Para evitar cair no golpe, as pessoas e empresas precisam identificar os detalhes que indicam que a mensagem é falsa", explica Assolini.

Para conseguir identificar o golpe, a Kaspersky destaca os seguintes pontos:

• Atenção ao destinatário. Apenas que na primeira fraude é usada uma máscara, no segundo caso, o endereço é genérico e não tem relação com as marcas citadas no golpe.

• No exemplo da fatura falsa, não há a informação do nome do cliente, apenas o código do assinante, que é um número que quase ninguém deve saber de cor:

• Além disso, a identificação do cliente é diferente. Existe um número na mensagem e outro na fatura:

• Fique de olho no código de barra também. Contas de consumo (gás, energia, telefonia) sempre começam com o número 8. Por se tratar de uma fatura falsa, o código de barra começa com o número da instituição financeiro na qual a fatura foi gerada (de maneira ilegal, claro!):

• Para a suposta promoção de filmes + séries, é importante que a pessoa cheque a veracidade da promoção no site oficial das empresas. Se não houver nada, ainda é possível entrar em contato com eles pelos canais oficiais! Nunca usar os contatos informados no e-mail, pois eles podem ser falsos também.

• Confirme os dados do destinatário antes de concluir o pagamento via PIX. Como em todos os esquemas fraudulentos, os criminosos usam nomes de laranjas para receber o dinheiro dos golpes. Apenas pagamentos legítimos mostrarão os nomes das empresas (razões sociais) corretos.

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