Após cinco tentativas fracassadas de acordo, trabalhadores de TI podem decidir pela greve

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Com mais uma rodada de negociação sem acordo, o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) defenderá a entrada em greve da categoria, em assembleia que será realizada no próximo sábado, 15, na sede do sindicato.

Na quinta reunião para definir o acordo coletivo de 2014, ocorrida nesta segunda-feira, 10, os empresários apresentaram apenas duas melhorias na proposta: aumentaram o reajuste dos pisos para 7% e propuseram ampliar a obrigatoriedade do vale-refeição (VR) para empresas com mais de 35 funcionários, o que ainda não está de acordo com as expectativas dos profissionais.

Os trabalhadores querem reajuste salarial de 8,8% e de 10,3% nos pisos; VR de, no mínimo, R$ 16 para toda a categoria e reajuste do benefício para quem já recebe valor maior, bem como obrigatoriedade de abertura de negociação de participação nos lucros e resultados (PLR) para todas as empresas.

"Os empresários mostraram novamente a falta de respeito pelo trabalhador, com as mesmas justificativas de redução de lucratividade das empresas, crescimento apenas da demanda de mercado e expectativas ruins. Levarei a proposta aos trabalhadores para que eles decidam se querem ou não este acordo. Mas defenderemos a recusa dele", afirmou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

Proposta do sindicato patronal (Seprosp)

• Reajuste salarial de 6,5%;
• 7% de reajuste nos pisos salariais;
• Auxílio-creche no valor de 40% do piso normativo para empregados com filhos de até 24 meses e de 30% para trabalhadores com crianças com mais de 24 meses.
• Vale-refeição (VR) de R$14 para empresas com mais de 35 empregados;
• Obrigatoriedade de apresentação de proposta de participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) para empresas com mais de 10 empregados.

Contraproposta Sindpd

• Reajuste salarial de 8,8%;
• 10,3% de reajuste nos pisos salariais;
• Vale-refeição (VR) de, no mínimo, R$16 para todos os trabalhadores de TI, sem desconto, além de reajuste da categoria nos VRs acima do valor proposto;
• Obrigatoriedade de apresentação de proposta de participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) para empresas com mais de 10 empregados, mas assegurar para 2015 a obrigatoriedade de todas as empresas de TI, independente do número de trabalhadores, apresentarem proposta. Também foi reivindicada a inclusão de um mecanismo jurídico para evitar o tipo de fraude em que o empresário divide a companhia em vários CNPJs para não cumprir a convenção coletiva.

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