O conselho de Opera Software, pioneiro navegador norueguês, concordou em sua aquisição no valor de US$ 1,2 bilhão por um consórcio de investidores chineses. A empresa colocou-se à venda em agosto, quando contratou o banco de investimentos Morgan Stanley para prospectar qualquer interessado em adquiri-la.
O motivo dessa decisão foi devido à queda contínua nos lucros, perda de valor de mercado de empresas de navegadores, agravada por vendas de publicidade abaixo do previsto.
O consórcio de investidores chineses inclui a empresa de segurança Qihoo 360, que no passado já investiu no app de encontros Grindr; e a empresa de Internet, Beijing Kunlun Tech. O acordo é apoiado por fundos de investimentos chineses Golden Brick e Yonglian.
Além do navegador Opera popular em partes da Europa Oriental e da Ásia Central, a empresa também oferece o serviço de rede privada virtual SurfEasy. Ele também tem a propriedade intelectual em navegadores móveis e web, tecnologia que está incorporado em uma série de outros dispositivos inteligentes.
"A transação permite que a Opera tenha acesso à extensa base de usuários de internet de Kunlun e Qihoo na China, bem como o financiamento e outros apoios do Consórcio. Ao mesmo tempo, Kunlun e Qihoo seriam capazes de realizar venda cruzada dos seus produtos e serviços para a base de usuários Opera, e se beneficiar da plataforma de publicidade móvel", disse a empresa em um comunicado nesta quarta-feira, 10.
Os compradores parecem estar dispostos a adquirir Opera – cujo preço de fechamento aumentou 53% na quinta-feira passada, antes das ações da companhia serem suspensas na sexta-feira pela bolsa de valores de Oslo, devido aos rumores de uma aquisição. Em comunicado feito pela Kunlun, diz que o objetivo do grupo é consolidar a sua posição de liderança internacional no mercado da internet.