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Metaverso cria oportunidades de negócio e mercado trilionário

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O metaverso não é um conceito simplório no qual os usuários terão uma experiência virtual imersiva aos moldes dos jogos “The Sims” ou “Second Life”, mas uma realidade paralela complexa, na qual atos da vida cotidiana como comprar uma propriedade ou uma obra de arte serão feitos de forma totalmente digital. Esse tipo de realidade on line, multifacetada e descentralizada, está sendo chamada de Web 3.0 e vem como a inovação da Web 1.0 e Web 2.0.  Para facilitar o entendimento das diferenças entre elas, vamos fazer um breve comparativo entre tais universos.

Conhecida como a “internet das empresas”, os usuários da Web 1.0  apenas consumiam conteúdo em sites e portais, como por exemplo o Yahoo, Uol e AOL, sem interagir de forma significativa com eles. Já na Web 2.0,  grandes corporações controlam redes sociais nas quais o principal ativo são os dados e informações fornecidos pelos usuários (ex: Facebook, TikTok, e You Tube). Por sua vez, na Web 3.0 os usuários serão ao mesmo tempo consumidores, desenvolvedores e donos dos ativos digitais por eles consumidos e criados.

Nesta nova realidade será difícil dissociar o real do digital. Imagine a seguinte situação: Determinada usuária possui um apartamento no Decentraland e decide reunir algumas pessoas que conheceu de forma virtual nesse apartamento. Para receber suas convidadas (virtuais, é claro), ela irá utilizar óculos de realidade virtual feito pela Oculus (Empresa do grupo Meta / Facebook) e seu avatar digital irá usar uma combinação de roupas feitas em NFT pela Stella Mccartney, para as quais ela pagou 0,1 Ethereum.  Nas paredes de seu lar digital, também há algumas obras digitais, mas para impressionar os convidados, no centro da sala, ela disponibilizou sua obra mais cara, um NFT do Bored Ape Yacht Club que ela comprou por 100 Ethereums (equivalente, em janeiro de 2022 a US$320.000,00). Apesar de parecer algo distante, essa realidade já está disponível, e a cada dia que passa novos usuários passam a integrar esse universo.

É difícil prever a dimensão que o metaverso terá, porém em um mundo no qual milhões de pessoas já nasceram como nativos digitais, é possível que tenhamos, muito em breve, espaços de convivência exclusivamente digitais, no qual diversas empresas terão mais funcionários remotos (ou melhor, no metaverso), do que fisicamente em escritórios. O próprio Bill Gates afirmou, em artigo de encerramento do ano de 2021, que acredita que em dois ou três anos, a maioria das reuniões virtuais deixará de ser bi-dimensionais (ao estilo Zoom) e passarão a ser tridimensionais.

A economia do metaverso será baseada em criptomoedas, a espinha dorsal que sustentará não apenas a acumulação de patrimônio, como também o funcionamento dos sistemas em si, sempre baseados na blockchain. Diversas marcas, inclusive marcas como Nike, Adidas e Gucci já estão desenvolvendo produtos (em NFTs), com ativos digitais que irão preencher o metaverso.  Além disso, novas profissões irão surgir em razão das novas demandas de mercado, tais como corretores de imóveis digitais, estilistas de NFTs, consultores de tokenização, entre milhares de outras.

Fiquem atentos, pois quem estiver antenado a tais demandas e se antecipar aos novos desafios terá uma grande vantagem competitiva em relação a quem não acompanhar esse desenvolvimento.

André Jerusalmy, sócio responsável pelas áreas de Mercado de Capitais e Direito Financeiro do Mazzucco & Mello Advogados.

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