Nos últimos anos, as empresas de todos os tamanhos têm aumentado os seus investimentos em tecnologias em nuvem com o objetivo de otimizar processos, reduzir custos e aumentar a escalabilidade dos seus negócios. De acordo com a Mordor Intelligence, o mercado global de computação em nuvem tem expectativa de crescimento para US$ 1,44 trilhão até 2029, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 16,40. No contexto latino-americano, mais de 80% das organizações já utilizam essa solução.
Esses dados refletem como esse mercado está em constante evolução e ganhando adeptos nas médias e grandes corporações, principalmente por que ele está passando de uma inovação tecnológica para um componente essencial nas estratégias de TI, impulsionado pela necessidade de serem mais ágeis, escaláveis e inovadoras.
Com isso, podemos ver três tendências que estão moldando o futuro das operações dessas corporações, como é o caso da Nuvem Distribuída, que é responsável por expandir os serviços para diversas localizações geográficas, oferecendo escalabilidade e conformidade de acordo com a especificidade de cada região. Além disso, possibilita um processamento de dados em tempo real, indispensável para as empresas que operam com Internet das Coisas e IA.
Outra estratégia também é a Nuvem Híbrida (ou Multinuvem) onde as instituições distribuem suas cargas de trabalho entre três ou mais nuvens e a principal vantagem dela é a flexibilidade de escolher o melhor provedor para cada carga de trabalho, reduzindo o risco de dependência em um único fornecedor. Cerca de 80% das empresas adotaram essa estratégia de distribuir o trabalho em nuvens públicas.
A terceira é a integração da nuvem com IA e machine learning. A integração dessas soluções tem facilitado a coleta e análise de grandes volumes de dados, oferecendo insights mais precisos. Ademais, a automação de processos e personalização de serviços tem ajudado as organizações a melhorarem a eficiência operacional e claro, a experiência do cliente.
Mas, mesmo com tantos benefícios e oportunidades, é importante que os gestores e CIOs dessas corporações se atentem a alguns pontos. Um deles está relacionado à segurança e conformidade. Tendo em vista que quase 70% das empresas relataram incidentes devido a configurações incorretas de segurança em ambientes multinuvem, é essencial que as empresas implementem políticas robustas de segurança, garantindo também a conformidade com as regulamentações específicas do setor e região.
Outro desafio é a gestão inadequada de custos, pois muitas vezes, os gastos relacionados à nuvem envolvem desperdício devido ao uso errado ou a falta de controle e monitoramento. Portanto é preciso adotar práticas de governança eficazes para garantir que o investimento traga o retorno esperado.
Portanto, vejo que o futuro dessa inovação promete ser ainda mais interconectado com as tecnologias emergentes e um foco crescente também em sustentabilidade e computação em nuvem verde que busca otimizar a eficiência energética e reduzir a pegada de carbono está ganhando força e sendo adotada por companhias que priorizam políticas ESG.
Por fim, é claro que para colher todos esses benefícios é essencial que as companhias adotem uma abordagem cuidadosa, levando em consideração os desafios de segurança, compliance e dependência de fornecedores. Com a abordagem correta, essa computação em nuvem tem o potencial de transformar não apenas a infraestrutura, mas também a maneira como elas operam e inovam em um mundo cada vez mais digital. Isso é fundamental e imprescindível para as médias e grandes empresas, principalmente porque a concorrência está cada vez mais acirrada.
Paulo Lima, CEO da Skymail.
