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WikiLeaks vai publicar novas denúncias de espionagem, diz Assange durante SXSW

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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse neste fim de semana que o portal irá publicar um novo lote de arquivos secretos envolvendo espionagem dos Estados Unidos. O anúncio foi feito por meio de transmissão em vídeo para mais de 3 mil pessoas presentes no festival South By Southwest (SXSW), que acontece esta semana em Austin, no Texas. No entanto, ele não forneceu detalhes sobre quando pretende divulgar as informações nem tampouco sobre o conteúdo que será divulgado, pois não quer dar a chance ao governo americano de preparar uma resposta. “Eu não acho que é direito alertar o agressor com antecedência”, disse Assange.

O editor-chefe do Wikileaks, que vive atualmente na embaixada do Equador em Londres para evitar a prisão devido a acusação de agressão sexual — ele nega as acusações —, é um dos vários palestrantes do SXSW, que tem como foco a privacidade na internet e segurança online. Depois de anos funcionando como um evento para celebrar o desenvolvimento, por startups, de novas ferramentas de redes sociais para postar informações pessoais, o South by Southwest deste ano decidiu lançar um olhar mais crítico sobre as conseqüências da quebra de privacidade e compartilhamento de dados.

Assange disse que as revelações sobre espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) estão levando as pessoas a reavaliar o papel do governo em um mundo onde uma quantidade crescente de informações pessoais são armazenadas online. Para ele, a agência americana está perdendo a batalha de relações públicas desde as revelações de Edward Snowden acerca da coleta de dados feita por meio de empresas como Google, Facebook e Apple. “As revelações mostram uma ‘ocupação militar do espaço público’ na internet”, disse ele.

Falha de inteligência

Snowden participou do SXSW nesta segunda-feira, 10, usando a plataforma de videochamadas Google Hangouts. O ex-prestador de serviços para NSA, que vive exilado na Rússia por ter vazado arquivos secretos sobre espionagem da agência, afirmou que a vigilância é, na realidade, uma grande falha de inteligência. “Nós estamos monitorando todas as comunicações ao invés de comunicações de suspeitos e isso fez com que perdêssemos pistas que poderiam ter nos ajudado”, disse.

Snowden ainda disse que é preciso parar o governo para que não haja uma proliferação de ações desse tipo ao redor do mundo. “Se nós permitirmos que a NSA continue fazendo o que faz sem qualquer controle, outras comunidades internacionais irão ver isso como uma luz verde para fazer o mesmo”, disse.

Além de Snowden, a palestra contou com os analistas de segurança e ativistas Christopher Soghoian e Ben Wizner, membros da União Americana pelas Liberdades Civis. O grande assunto, como não poderia deixar de ser, foi a vigilância do governo sobre cidadãos e privacidade.

Durante a conversa, Soghoian ressaltou que Snowden ajudou a população em diversas maneiras. “Graças às suas ações, houve uma retomada na discussão de privacidade e segurança. As consequências disso ajudam a população a se proteger tanto da espionagem do governo, quanto de um hacker que usa um notebook numa loja Starbucks [onde há acesso à internet gratuito].”

O presidente do Google, Eric Schmidt, disse no início da conferência que é preciso haver um equilíbrio entre transparência e segurança, pois a informação do governo que está sendo divulgada pode colocar vidas em risco. Ele também disse que as divulgações tornaram Assange e Snowden “celebridades” e pode por a perder os esforços antiatentados, aumentando o risco de danos se as divulgações não são feitas com cuidado. Com informações de agências internacionais.

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