A pandemia da Covid-19 contribuiu para acelerar o consumo de APIs, tanto por empresas de mercados muito impactados, como o varejo físico, quanto por companhias que já tinham em seu planejamento a habilitação de novos negócios digitais, e se viram obrigadas a acelerar esse processo, como as da área da saúde com a telemedicina, por exemplo. Protagonista no mercado de integrações no Brasil, a Sensedia registrou um aumento de 34% no consumo de APIs, por seus clientes, no primeiro semestre deste ano.
Segundo a análise da empresa, os setores que aumentaram o consumo de APIs no período foram: varejo/e-commerce, com um crescimento de 61%; bancos (24%); seguros/saúde (18%) e pagamentos/fidelidade (17%). Já o setor de serviços foi o mais impactado, e registrou uma queda de 40% no consumo de APIs.
Kleber Bacili, CEO da Sensedia, acredita que este é um caminho sem volta! "O consumidor vem se habituando a resolver suas coisas – de pagamentos bancários a compra de remédios – por meio de uma jornada digital (inclusive os que tinham pouca intimidade com o digital até alguns meses atrás). Os canais e serviços digitais que foram criados nesse período vão permanecer e a tendência, daqui em diante, é um mix de jornadas online e off-line cada vez mais integradas", explica.
Desde que pivotou seus negócios, antes focados em arquitetura SOA, para mirar o mundo das APIs, em 2012, a Sensedia vem registrando um crescimento orgânico de 55% ao ano. Mesmo em meio a pandemia a companhia vem conseguindo manter o ritmo, tendo crescido na mesma proporção no primeiro quarter deste ano, e prevê um faturamento de R$ 80 milhões no final de 2020.
Marcílio Oliveira, COO da Sensedia, explica que a pandemia ocasionou um congelamento de dois meses, mas a empresa já retomou a taxa de crescimento. "Essa crise, na verdade, teve um efeito colateral positivo para nós. Como nosso foco é a habilitação de negócios digitais, com a pandemia passamos a ocupar posições ainda mais estratégicas em nossos clientes", constata o executivo.
Ele atribui os resultados ao apetite do mercado brasileiro por projetos de digitalização; mas, também, à atuação da empresa em mercados internacionais, iniciada em 2018, com recursos próprios. A empresa tem, hoje, escritórios e clientes na Colômbia, México, Peru, Espanha e Inglaterra, e pretende consolidar e expandir seus negócios no mercado Europeu, mais especificamente em Londres, no Reino Unido.