Um olhar para o futuro da tecnologia: o que podemos esperar?

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As tecnologias avançam para se tornarem mais inteligentes, mais baratas e menores em tamanho. Com isso vamos poder colocar computadores e sensores em quase tudo. As baterias vão evoluir facilitando a adoção desde veículos elétricos a dispositivos bem menores, podendo ser carregadas sem fio. Algoritmos atuando como assistentes virtuais vão ficar mais inteligentes e facilitar a vida no trabalho, em casa e na escola. Olhar para o futuro é desafiador, mas quando o assunto é tecnologia é possível reconhecer alguns caminhos que nos dão confiança e otimismo. 

A evolução das tecnologias habilitadoras (robótica, IoT, computação em nuvem, big data, inteligência artificial, realidade aumentada/realidade virtual, digital twins, etc) para uma nova revolução industrial repercute em todos os setores. Cria um ambiente favorável ao surgimento de novos negócios em toda a cadeia de inovação abrangendo instituições de ciência e tecnologia, startups, fornecedores de equipamentos e sistemas, empresas, indústria, entretenimento e, sobretudo, o consumidor. 

O 5G vai chegar de forma rápida e transformadora, complementando e expandindo os cenários de aplicação. Mesmo em áreas remotas, onde a cobertura celular ainda não é tão boa, a demanda de conectividade com internet de banda larga vai ensejar aplicações fixas usando 5G. E o 6G previsto para 2030 terá velocidade 100 vezes mais rápida. O avanço é cada vez mais intenso. A melhoria da conectividade vai acelerar o processo de implantação de cidades inteligentes, ou seja, mais eficientes. Por exemplo, com as redes podendo trafegar grande volume de dados necessários para vigilância, usando cloud computing e inteligência artificial, será possível fazer gestão de risco, ampliar segurança, socorrer pessoas, evitar congestionamentos, etc. Carros, semáforos, iluminação pública, câmeras e sinalizações, vão conversar entre si para fazer a cidade ser mais eficiente. 

A realidade aumentada e a realidade virtual, além de serem usadas para telemedicina e educação, na saúde vão permitir que pessoas sejam socorridas com mais eficiência com supervisão de especialistas que já podem preparar a equipe para intervenções mais imediatas. Drones com câmeras de alta definição poderão atuar com mais eficiência em resgates e salvamentos. Estas câmeras e robôs serão utilizadas também para cirurgias e tratamentos à distância em áreas isoladas, assistidas por especialistas dos grandes centros. As fábricas irão avançar na aplicação dos conceitos de indústria 4.0. Robôs colaborativos, com conexão wireless, poderão ser usados com maior eficiência e segurança. Máquinas conversando com máquinas em tempo real irão dar mais eficiência e reduzir os custos de logística. 

O futuro do trabalho será afetado e desafios surgirão. Assim como motoristas serão substituídos por veículos autônomos, pessoas trabalhando com máquinas serão substituídas pela automação e por máquinas interagindo com máquinas. A medicina será apoiada e alguns profissionais substituídos por sistemas de inteligência artificial e algoritmos capazes de analisar um volume imenso de dados médicos. Analistas financeiros poderão ser substituídos por inteligência artificial. Ao mesmo tempo, a análise humana por trás das tecnologias é cada vez mais importante e novos trabalhos serão criados, como, por exemplo, no campo de ciências de dados e engenharia computacional. Mas também o trabalho em si mudará significativamente, na medição da produtividade, na jornada, no local. Os locais de trabalho não ficarão necessariamente nos grandes centros urbanos e o trabalho remoto será ainda mais facilitado com grandes telas e interação virtual. O horizonte é promissor e, para quem trabalha com tecnologia, muito otimista.  

Laercio Aniceto Silva, Superintendente de Negócios, Tecnologia e Inovação da Fundação CERTI.

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