Serviços móveis de mensagem atingirão US$ 7,8 bi em 2011

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O mercado de mensagens na telefonia móvel na América latina deve triplicar e atingir uma receita de US$ 7,8 bilhões. A projeção é de estudo realizado pela Frost & Sullivan, empresa internacional de consultoria e inteligência de mercado.

De acordo com a empresa, o SMS (ou serviços de mensagens curtas) deve ter um crescimento anual de 17,3%, enquanto o MMS (ou serviços de mensagens multimídia, que inclui recursos audiovisuais como vídeo, imagens e som) deve apresentar expansão anual de 77,1%. "Em 2005, somente o SMS representou mais de 97% do mercado de mensagens na América Latina, gerando uma receita de US$ 2,4 bilhões", destaca José Crujeiras, analista de pesquisa da Frost & Sullivan.

Em alguns países como México e Argentina, o SMS é, depois dos serviços de voz, o meio de comunicação mais utilizado. Esses dois países apresentam maior adesão porque no México, tanto o SMS quanto o MMS, apresentam custos relativamente baixos, e na Argentina, devido ao fato de haver um forte esforço das operadoras para estimular o uso dos serviços. "No Brasil, mesmo com a facilidade de acesso a esses serviços, a população ainda utiliza os de voz com maior freqüência do que as mensagens. É também uma questão de cultura e hábito", observa Crujeiras.

Segundo o analista, a situação no Brasil, e em outros países onde a troca de conteúdo por mensagens ainda está se consolidando, deverá sofrer alterações nos próximos anos. O alto preço dos serviços de voz, aliado à melhoria na comunicação entre as operadoras e seus consumidores, impulsionarão a demanda por SMS.

"À medida que o mercado regional de SMS se desenvolver, é esperado, por conseqüência, um aumento significativo na troca de informações por MMS, uma vez que esses serviços devem ser usados não apenas como uma ferramenta de comunicação, mas, especialmente, como uma alternativa de entretenimento", diz Crujeiras, alertando que para tanto as empresas de telefonia devem ficar atentas para não encarecer muito o valor de uso desses serviços agregados para não limitar o acesso e restringir o crescimento previsto. ?Elas devem resolver os acordos de interoperabilidade que ainda prejudicam a expansão do SMS e MMS."

De qualquer forma, durante o período estudado pela Frost & Sullivan, o Brasil e a Colômbia tendem a se destacar no uso de SMS por conta de agressivas campanhas publicitárias e maior acessibilidade à tecnologia fornecida pelas operadoras de telefonia celular. "Atualmente, de todas as operadoras brasileiras, a Vivo é a que consegue obter maior renda com serviços de mensagem", afirma o analista.

Entretanto, de todos os países estudados ? Brasil, México, Argentina, Colômbia, Venezuela e Chile ? a Colômbia, que hoje é o mercado menos desenvolvido da região, apresentará um ritmo de crescimento maior que o das nações vizinhas.

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