Brasileiros das gerações X e Y acham que novas tecnologias mudarão modo de trabalho

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A maioria dos profissionais das chamadas gerações X e Y acredita que os smartphones e os "wearables devices" (dispositivos vestíveis) — tais como relógios, roupas e tênis munidos de chips e sensores com as mais diversas funções —, serão os dispositivos conectados mais importantes para a força de trabalho até 2020, enquanto o laptop continuará sendo o equipamento escolhido para o local de trabalho, de acordo com o estudo intitulado Cisco Connected World Technology Report (CCWTR) de 2014.

O relatório mostra como a tecnologia está fundamentalmente moldando o futuro do trabalho e como os dispositivos, aplicativos e soluções preferidas dessas gerações estão possibilitando novas formas de trabalho, incluindo a ascensão do estilo "supertasker", profissionais que pode realizar com sucesso mais de duas coisas ao mesmo tempo, e fazê-las bem, utilizando quatro dispositivos.

Os profissionais de RH acreditam que os supertaskers elevam as expectativas de "alto desempenho" nas empresas e, assim sendo, a maioria acredita que esses profissionais são os mais adequados para uma vaga de gerência, de um colaborador individual ou uma função executiva. Mais de 60% dos profissionais de RH acreditam, predominantemente, que os supertaskers aumentam a produtividade da empresa. Quase dois terços dos entrevistados acreditam que até 2020, o supertasking será a qualidade mais procurada por sua empresa.

No caso específico do Brasil, mais de 55% dos profissionais da geração Y costumam ficar disponíveis por e-mail e telefone 24 horas por dia, sete dias por semana. Outro dado do estudo é que 29% dos profissionais da geração X e 27% da geração Y utilizam smartphone para fazer chamadas e entre dez e 19 aplicativos diariamente.

O estudo aponta ainda que 65% dos profissionais brasileiros preferem trabalhar no horário comercial e ter tempo para a vida pessoal, além de 88% dos entrevistados terem dito que são obrigados a ficar fisicamente no local de trabalho de segunda a sexta-feira. Entretanto, 59% dos profissionais da geração X e 55% da geração Y não se importariam de ter o salário reduzido em troca de mais flexibilidade no trabalho.

Geração X versus geração Y

O relatório também constatou diferenças entre os membros da geração Y e da geração X. Uma delas é que os profissionais da geração Y — também chamados de millenials — estão mais propensos a confirmar que são "totalmente ligados" no trabalho, diferente dos funcionários geração X, quando se trata de eficiência e multitarefa. Mais especificamente, 56% dos profissionais da geração Y observam que são mais eficientes do que os da geração X.

Além disso, mais de quatro em cada dez profissionais acreditam que os funcionários da geração Y são mais eficazes, quando se trata do estilo supertasking, se comparados a outras gerações. Sessenta por cento dos profissionais da geração X e 81% dos profissionais de RH acham que os profissionais da geração Y são capazes de realizar tarefas com mais agilidade que os mais velhos, utilizando dispositivos móveis e aplicativos, sendo que sete em cada dez profissionais de RH acreditam que os funcionários da geração Y são capazes de realizar tarefas com mais agilidade se puderem utilizar seus dispositivos móveis e aplicativos, em vez de PCs desktop, laptop ou notebook.

Para Lance Perry, vice-presidente de estratégia da Cisco, os resultados do relatório devem levar as empresas a reverem o que é preciso para evoluir, a fim de atrair talentos e moldar seus modelos de negócios. "Sem dúvida, o nosso mundo está mudando e se tornando muito mais focado na internet, a cada nova geração. Os diretores de tecnologia precisam planejar e ampliar suas redes agora para atender às demandas de segurança e de mobilidade que a próxima geração de profissionais irá trazer à sua infraestrutura, e isso deve ser feito em conjunto com uma avaliação adequada de políticas corporativas."

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