A liberação das verbas para a execução do Plano Setorial de Qualificação (Planseq), que visa a capacitação de profissionais do setor de tecnologia da informação, deve ficar para 2008. A previsão é da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet de São Paulo (Assespro-SP). A entidade atribui o adiamento à necessidade de adaptação do plano, após questionamentos das Secretarias Estaduais de Emprego, e à proximidade do fim do ano devem.
?O déficit de mão-de-obra qualificada em tecnologia da informação é uma realidade que vem dificultando um maior crescimento do nosso setor. Por isso, avaliamos o Planseq, independentemente de como será organizado ? seja pelas secretarias estaduais ou por entidades de classe ?, como uma iniciativa de extrema importância. Precisamos capacitar os nossos profissionais e ganhar competitividade?, afirma Roberto Carlos Mayer, presidente da Assespro-SP.
O Planseq é o plano de capacitação de mão-de-obra no setor de software elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Inicialmente, o programa prevê atender cerca de 4,5 mil trabalhadores em cursos de qualificação técnica de 300 horas, em seis estados brasileiros: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
Ao todo, o MTE prevê a liberação de R$ 3 milhões para capacitar os profissionais. Em todas as regiões, os treinamentos seriam administrados por uma entidade de classe e os cursos conduzidos por uma instituição de ensino. No mês de novembro, as Secretarias Estaduais de Emprego, que geralmente administram as verbas do FAT e conduzem as iniciativas de treinamento, questionaram os procedimentos adotados. Pelo modelo original, as secretarias não participariam ativamente da execução do Planseq na área de TI.
?A Assespro-SP é favorável à participação das secretarias em todo esse trabalho, para que o projeto possa ser tratado de forma integrada por todos os interessados. O problema é que faltam pouco mais de duas semanas para o fim do ano. Acreditamos que, nesse prazo, será impossível a liberação das verbas. Assim, a aprovação ficará para o ano que vem e quem sofre com esse atraso é todo o setor, desde as empresas que precisam de mão-de-obra e os profissionais que necessitam de capacitação?, finaliza Mayer.