Na Fórmula 1, um dos principais desafios enfrentados pelas equipes é gerenciar as informações obtidas em testes, túneis de vento e nos grandes prêmios para melhorar o desempenho. A cada volta, cada carro gera até 25 megabytes (MB) de dados, que são analisados para definir os ajustes que trarão vitórias dentro e fora das pistas.
No mundo corporativo, o gerenciamento de dados também é um fator essencial. De acordo com o estudo “What Happens In An Internet Minute?”, da IDC, a cada minuto são transferidos mais de 639 mil gigabyres (GB) de dados globais de IP, são enviados mais de 204 milhões de e-mails e mais de 2 milhões de buscas são efetuadas no Google no mundo. Isso traz aos setores de TI o desafio de organizar e analisar informações para auxiliar na comunicação e na tomada de decisões das companhias.
No estudo “Tendências de Mercado”, também da IDC, é mostrado que a análise e integração de dados é uma das grandes tendências da tecnologia mundial, que possibilitará às corporações responder às demandas de forma mais ágil e segura, maximizando os resultados com menores custos.
A Lotus F1 Team enxergou este cenário em suas operações e através de seu trabalho, trouxe essa tendência tecnológica para a vida real. Atualmente, a equipe utiliza uma ferramenta única de análise de dados, criada em parceria com provedores globais de serviços de TI. Essa integração permitiu, em apenas um ano, a redução de 75% no tempo gasto com o processamento de informações e possibilitou a otimização dos processos e do rendimento da equipe. E, para o próximo ano, isso será essencial para os times de Fórmula 1, já que a Electronic Control Unit (unidade de controle eletrônico), considerada o cérebro dos carros de Fórmula 1, será oito vezes maior do que ela é hoje.
Quando essa melhoria é observada sob a ótica empresarial, é possível compreender a projeção de crescimento da integração de sistemas de 33% até 2016. Esse tipo de consolidação que reúne diversas fontes de informação em uma única plataforma pode garantir um diferencial competitivo, uma vez que permite o monitoramento constante do desempenho e o gerenciamento de dados.
Ou seja, a rápida dinâmica de troca de informações do mundo atual exige que empresas e equipes de Fórmula 1 utilizem novas ferramentas de tecnologia para alcançar os resultados traçados. Esse é um dos motivos que fez com que US$ 2 trilhões fossem aplicados somente em 2012 na área de TI. O gerenciamento e análise de dados se tornou fundamental. E é a partir dessas informações que pilotos e engenheiros podem ajustar o carro para uma determinada pista, ou diretores e altos executivos podem escolher os melhores caminhos para suas empresas.
*Hamilton Berteli é diretor de Vendas, Marketing e Inovação da Avanade Brasil.