Itaú tem média de ganho de performance de 65% com banco de dados Oracle

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O banco Itaú passou recentemente por um projeto de modernização de sua plataforma de banco de dados Oracle. A instituição financeira precisava aumentar sua capacidade de processamento, sua eficiência operacional e, com isso, alavancar a capacidade técnica do time interno. O cenário envolvia todos os tipos de Oracle data base, em versões back level não back level e estavam descentralizadas. A mudança envolvia algo perto de 1 petabyte de dados e entre 200 e 300 aplicações diferentes e espalhadas. O desafio era fazer a transformação sem afetar as operações do banco e sem fazer grandes alterações do ponto de vista de aplicação – reescrever parte dessas aplicações, por exemplo –, o que levaria mais tempo e o plano seria ainda mais difícil de ser executado. Depois de 22 meses de trabalho, e realizando aos poucos a modernização, Itaú e Oracle encerraram o projeto, que trouxe uma série de benefícios.

O projeto foi realizado por grupos de sistemas, onda a onda, migrando um por vez e medindo imediatamente após a mudança seus resultados, impactos e geração de eficiência. A estratégia envolvia ainda selecionar as aplicações, dando prioridade àquelas que teriam ganhos mais expressivos. Houve um incremento médio entre 60% e 70% a mais de performance de cada sistema migrado, segundo Edilson Albuquerque, gerente de infraestrutura do Itaú Unibanco, sem grandes mudanças de código, e com o crédito da melhoria para a mudança de arquitetura. "E tivemos outliers absurdos de 90% de ganho em determinados processamentos", completou o executivo Itaú durante sua participação no 5×5 TecSummit nesta quinta-feira, 10. Não à toa, as siglas de negócios de dentro do banco batiam na porta de Albuquerque para serem os próximos.

"É como trocar a turbina do avião em pleno voo", comparou José Eduardo Braz Ferreira, vice-presidente de vendas para infraestrutura da Oracle Brasil. Na prática, a nova arquitetura permitiu que a Oracle levasse a nuvem para perto do data center do Itaú. Foi desenvolvido um modelo de cloud privada, mas com a possibilidade de, no futuro, o banco migrar para uma pública, por exemplo. "Isso possibilitou uma consolidação de todas as bases de dados Oracle do Itaú, sofisticando o sabor, padronizando num tipo de arquitetura que, por exemplo, amanhã, permita até um processo de lifting shift para uma nuvem pública, seja ela qual for", explicou Ferreira.

Novo modelo de negócios

Da parte da Oracle, o case trouxe também uma mudança de modelo de negócio, passando da aquisição tradicional para um modelo de consumo, ou pay as you go. "Ou seja, conforme o banco cresceria sua infraestrutura também cresce e, assim como todo o enxoval de licenciamento necessário. Pensando três anos atrás, no Itaú, foi uma quebra total de paradigma do que existia no passado. Para nós, da Oracle, foi uma mecânica de sobrevivência, com todos os modelos novos que surgiam no mercado. E trazer a cloud para próximo do data center do Itaú também foi uma transformação", resumiu o vice-presidente de vendas para infraestrutura da Oracle Brasil. Redação: 5×5 Tec Summit.

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