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2019 será o ano de preparar o terreno para os smart buildings

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Tendências muito abordadas em 2018, Internet das Coisas, análises de dados, conectividade wireless, mobile edge computing (MEC), cabeamento e definições de novos padrões serão os principais impulsionadores de mudanças no mercado de prédios inteligentes, os chamados smart buildings, nos próximos meses. Elas serão as responsáveis pela convergência e pela tendência de preparação, conforme os prédios se transformam na base para campus e cidades inteligentes. Olhando para o futuro, 2019 será o ano da preparação e convergência, com os administradores e proprietários de edifícios estabelecendo as bases para os futuros desenvolvimentos destinados a atender às novas demandas.

Dados são essenciais para a transformação

Em 2018, muito se falou sobre a importância da integração na transformação de um edifício em um verdadeiro smart building. O advento da Internet das Coisas, no entanto, significou que não se trata apenas de integração de redes e de conectividade, mas também da tecnologia que as complementa. Sensores de IoT, por exemplo, podem suportar volumes altíssimos de dados e também uma variedade de informação que não temos acesso ainda, mas que em um futuro próximo precisaremos. No fim das contas, para a transição para um smart building, será necessário o aproveitamento de todos os dados disponíveis nesses novos sistemas (muitos deles já estão implantados), e de todos os dados do sistema legado de edifícios. E então utilizar essas informações para tomar as decisões que irão otimizar a “saúde” do empreendimento e sua manutenção.

Podemos fazer algumas suposições sobre como isso irá se desenrolar, mas é impossível saber exatamente o que nos espera. O melhor conselho que podemos dar aos donos de negócios é para se adequarem e atualizarem seus sistemas e estruturas para suportar o grande volume de dados, e que também sejam flexíveis o suficiente para permitir o uso de futuros sistemas que serão lançados. Em vez de tentar adivinhar que solução analítica será adotada pelo mercado, a melhor estratégia será habilitar um prédio a gerar o máximo possível de dados, assim oferecendo hoje flexibilidade para a plataforma de análise que virá.

Conectividade wireless

Com a evolução da Internet das Coisas e a crescente geração de dados, veremos fabricantes e revendas disponibilizando dispositivos para todo o tipo de equipamento, desde conexão básica até a coleta de dados, além da convergência de tecnologias. A exigência de latência ultrabaixa em alguns desses dispositivos e de redes com fio e sem fio que permitirão seu funcionamento, vai gerar adoção cada vez maior de MEC, com a capacidade computacional e de armazenamento sendo movida cada vez mais para a borda da rede. E, embora muitos dispositivos de Internet das Coisas, como sensores, não exijam muita largura de banda, todos eles necessitarão de conectividade com redes. Veremos, portanto, um maior uso de conexões wireless dentro dos edifícios, por conexão Wi-fi ou celular, especialmente agora que o 5G está chegando. O suporte na mudança de 1 Gbps para 7-8 Gbps na taxa de transferência por usuário, que é um dos casos de uso do 5G, indica que os donos de edifícios comerciais precisam fazer o upgrade de seus sistemas Cat 5 Ethernet para o Cat6A. O sinal 5G utilizará altas frequências que não conseguem penetrar com qualidade nos edifícios, por isso é necessária uma infraestrutura Cat6A para a adesão da tecnologia 5G.

Cabeamento e padrões

As tendências wireless podem ditar o ritmo de adoção de cabeamento nos edifícios. Energia é outro item que está ditando as mudanças nos edifícios. Por exemplo, em setembro de 2018 foi apresentado o padrão mais recente para Power of Ethernet (PoE) de quatro pares, o IEEE 802.bt, que introduziu dois tipos de energia adicionais – Type 3, para mais de 55 W, e Type 4, entre 90 e 100 Watts. Como resultado, podemos esperar uma proliferação do número de dispositivos com maior foco na entrega de energia em cabeamento estruturado do que com largura de banda.

Os padrões mundiais como esses serão cada vez mais importantes no mercado global, afinal de contas, diferentes regiões possuem exigências diversificadas. Com a abordagem baseada em padrões tecnológicos e na sua implementação, porém, e com conselhos como do IEEE mantendo uma presença global e consciência cultural, será possível para os negócios competirem em um campo relativamente equilibrado, enquanto permanecem suficientemente flexíveis para acomodar diferenças regionais.

Em busca da convergência

Algumas operadoras já começaram a fazer a convergência de redes com fio e sem fio e isso continuará ao longo de 2019 e além. Com as redes wireless cada vez mais predominantes, será necessário, por exemplo, o acompanhamento com suas contrapartes com fios, componentes que tendem a ser envolvidos no backhaul. Desenvolvimentos na tecnologia PoE trarão a convergência entre a entrega de energia e largura de banda, e essa tendência também será vista nas soluções de automação dos edifícios, como o AIM (gerenciamento inteligente da automação, da sigla em inglês), na rede com fio. Enquanto essas soluções são comumente conectadas por links proprietários, podemos esperar uma mudança para a conectividade com base em Ethernet, com fio ou sem fio.

Base para o futuro

Embora muitas dessas tendências já tenham sido discutidas em 2018, podemos colocar 2019 como um ano de preparação antes que muitas delas entrem no mercado com força total. Mesmo que estejam apenas preparando o terreno para estruturas com fio e sem fio, para análise de dados, ou para o cabeamento dentro dos edifícios, decisões são tomadas hoje para empreendimentos que estarão disponíveis pelas próximas décadas. Desenvolvimentos em processos como Internet das coisas, 5G, MEC e novos padrões em PoE significam que a tecnologia está mudando rapidamente, e que nem sempre é possível ter certeza do que está por vir. Nesse cenário, é importante que essa fundação forneça flexibilidade para as tecnologia e serviços que virão a seguir.

Smart building, smart campus, smart city…É possível ver a transformação começando em edifícios e seguindo para o campus inteligentes e para smart cities. A evolução de prédios tecnológicos para smart buildings está atingindo também a estrutura de universidades em vários edifícios ou mesmo em um mix com centros comerciais que representam o exemplo mais recente de integração em ação. Um smart building usará as informações disponibilizadas pelos sistemas, enquanto o campus inteligente usará as informações fornecidas por esses prédios. Com o uso de redes wireless ou fibra óptica na integração dos empreendimentos imobiliários que compõem essas estruturas, decisões podem ser tomadas para a comunidade como um todo, em áreas como uso da água e de eletricidade. A criação dessas redes, e a integração de cada estágio, irão gerar mais dados, permitindo a tomada de decisões mais abrangentes.

Para o setor de edifícios, 2019 será um ano de muita ação, motivado pelo impacto de tecnologias como a Internet das coisas, assim como novidades com e sem fio. Isso levará à convergência de estruturas e da tecnologia que será adotada não apenas nos prédios, mas nas universidades e nas cidades inteligentes como um todo.

Jaxon Lang, vice-presidente da CommScope.

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