Na cúpula global de IA em Paris, nessa terça- feira, 11, o Reino Unido e os EUA se abstiveram de assinar um acordo internacional sobre inteligência artificial (IA). A declaração, que visa uma abordagem "aberta", "inclusiva" e "ética" para o desenvolvimento da IA, foi assinada por 60 países, incluindo França, China e Índia.
O governo do Reino Unido expressou preocupações sobre segurança nacional e governança global como razões para sua abstenção. Os EUA, representados pelo vice-presidente JD Vance, argumentaram que a regulamentação excessiva da IA poderia prejudicar uma indústria em crescimento. Vance enfatizou a importância de políticas pró-crescimento em detrimento da segurança, contrastando com a visão do presidente francês Emmanuel Macron, que defendeu a necessidade de mais regulamentação.
Vance disse aos líderes mundiais que a IA era "uma oportunidade que o governo Trump não desperdiçará" e disse que "políticas de IA pró-crescimento" deveriam ser priorizadas em detrimento da segurança.
A decisão do Reino Unido gerou críticas, com especialistas questionando a credibilidade do país como líder em inovação de IA segura e ética. No entanto, representantes da indústria de IA no Reino Unido apoiaram a decisão, argumentando que ela permite explorar soluções mais pragmáticas.
O acordo assinado visa reduzir as desigualdades digitais, promover a acessibilidade da IA e garantir que seu desenvolvimento seja transparente, seguro e confiável. A sustentabilidade ambiental da IA também foi uma prioridade.
O governo do Reino Unido afirmou concordar com grande parte da declaração, mas expressou preocupações sobre a falta de clareza na governança global e questões de segurança nacional.
A cúpula em Paris reuniu formuladores de políticas, executivos e diplomatas para discutir o impacto da IA na sociedade, meio ambiente e governança. O objetivo é encontrar maneiras de aproveitar os benefícios da IA, ao mesmo tempo em que se abordam seus riscos.