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Facebook desenvolve servidor de baixo consumo de energia em parceria com Intel

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Com a massificação da internet e a explosão de vídeos, fotos e e-mails, os computadores estão consumindo cada vez mais energia elétrica. Em razão disso, o Facebook quer redefinir o padrão de consumo dos PCs, pressionando fabricantes de hardware a melhorar seus projetos. O primeiro passo nesse sentido é o anúncio, feito na terça-feira, 10, de um novo servidor desenvolvido em parceria com a Intel, com processador mais eficiente, barato e que consome menos energia elétrica.

Batizado de Yosemite, o servidor, que opera com o sistema operacional de mesmo nome, lançado no ano passado, executa um software que funciona como porta de entrada da rede social, segundo a empresa. A expectativa do Facebook é que outras empresas adotem o sistema.

Quase todos os servidores web têm soquetes para acomodar dois microprocessadores. O Yosemite, ao contrário, é construído com quatro pequenas placas de circuito integrado, cada uma com um chip da popular família de produtos Xeon da Intel. O Facebook havia projetado um sistema de dois soquetes, demasiadamente volumoso e sedento de energia, mas acabou desenvolvendo o Yosemite como uma alternativa mais eficiente.

“Este é um bom alicerce para o futuro”, disse Jay Parikh, vice-presidente de engenharia do Facebook, em uma entrevista a imprensa internacional e a agências de notícias.

O Yosemite faz parte do projeto open-source chamado Open Compute Project (OCP), criado pelo Facebook há quatro anos com objetivo de fomentar o desenvolvimento de tecnologias que tornem servidores mais eficientes e mais baratos. A empresa diz que já economizou US$ 2 bilhões em energia e infraestrutura de servidores graças ao projeto. O objetivo também é desenvolver e compartilhar projetos de servidores com fabricantes de hardware e software.

Adesão dos gigantes

O OCP freqüentemente é associado a fornecedores menos conhecidos de Taiwan, mas agora já começa a ser abraçado por marcas mais conhecidas. Isso inclui a HP, uma das maiores fabricantes de servidores baseados em chips x86 da Intel. Na terça-feira, a empresa anunciou uma linha de servidores “enxutos” para operações de computação em nuvem, produzidos pela Hon Hai Precision Industry, subsidiária da Foxconn.

O preço do servidor não foi divulgado, mas os executivos da HP deixaram claro que as novas máquinas cloudline serão significativamente mais baratas que as da sua linha Proliant. A participação da HP no OCP é vista como um passo importante na difusão de inovações e afinada com o Facebook para o desenvolvimento da computação corporativa em geral.

A Dell é outra que deve aderir ao projeto. A fabricante participou da conferência Open Compute, na terça-feira, onde revelou planos para tentar aliviar os problemas de compatibilidade entre dispositivos de rede. A maioria desses dispositivos utiliza chips de comutação da Broadcom ou da Mellanox Technologies, que podem ter diferenças sutis, mas consomem muita energia.

Além de diminuir os custos de hardware, o Facebook e outras grandes empresas de internet querem comprar hardware que consuma menos energia. Por isso, a rede social está abandonando servidores com dois soquetes que, segundo ela, desperdiçam recursos computacionais na realização de algumas tarefas. “Por isso, trabalhamos com Intel mais de 18 meses no projeto do novo Yosemite”, disse Parikh, do Facebook.

Um elemento-chave do novo processador Xeon D, da Intel, é o chip com oito mecanismos de cálculo separados, que podem realizar até 16 instruções de uma só vez. Intel já oferecia produtos comparáveis em sua linha Atom Ultra Low Power. Mas o Facebook precisava de mais poder de computação, disse Jason Waxman, vice-presidente da Intel. Ele disse que o novo Xeon é até 3,4 vezes mais rápido quando comparado com a tecnologia Atom.

A Intel tem boas razões para aderir ao projeto de hardware aberto. Uma série de empresas rivais está tentando atrair grandes compradores de servidores, como o próprio Facebook, com chips baseados em projetos da ARM Holdings, que lidera o mercado de chips para smartphones. A IBM também está tentando disseminar sua arquitetura de chip de potência no mercado.

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