O The Daily Mail confirmou nesta segunda-feira, 11, que está discussões com vários fundos de investimentos com a intenção de adquirir o Yahoo. A Daily Mail & General Trust (DMGT), proprietária do jornal britânico e de seus sites, assim como do portal americano de notícias Elite Daily, tem até a próxima segunda-feira, 18, para fazer a proposta, que é quando se encerra o prazo para a realização de ofertas preliminares. O The Wall Street Journal confirmou que a DMGT está em conversações com "vários fundos de private equity para lançar uma oferta pelo Yahoo". Entre eles estaria o General Atlantic LLC.
"Em razão do sucesso do DailyMail.com e do Elite Daily temos estado em conversações com uma série de compradores potenciais", disse uma pessoa da empresa para o próprio DailyMail.com. As discussões, segundo a fonte, estão em um estágio muito preliminar e não há certeza de que a transação ocorrerá. "Mais atualizações serão fornecidas conforme o desenrolar do caso", disse o porta-voz.
A Daily Mail & General Trust, cujo negócio principal são jornais, sites de notícias e empresas de mídia, é apenas uma entre as cerca de 40 empresas que manifestaram interesse pelo portal. O Yahoo tem mantido conversações também com a Verizon, IAC/InterActiveCorp e a CBS, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto disse ao jornal americano. A favorita para ficar com o Yahoo, no entanto, de acordo executivos e analistas que acompanham o processo de venda, é a Verizon, dona da AOL, que quer reforçar os seus meios digitais e o negócio de publicidade online.
Uma possível oferta da Daily Mail, que ainda não se reuniu com executivos do Yahoo, poderia seguir dois caminhos, segundo as fontes. Em um dos cenários, um parceiro de private equity adquiriria a totalidade do negócio de internet do Yahoo, com o The Daily Mail assumindo a parte de notícias e as propriedades de mídia. A oferta incluiria ativos como o Yahoo Finance e Yahoo Sports, mais o Yahoo News e uma operação de vídeo cuja grande estrela é Katie Couric, famosa jornalista de televisão nos Estados Unidos.
Em outro cenário, o fundo de private equity adquiriria o negócio de internet do Yahoo e o mesclaria com as mídias e veículos de notícias online do The Daily Mail. É preciso ressaltar, porém, que em fevereiro o Yahoo, decidido a cortar custos, fechou sete revistas digitais, incluindo sites dedicados à alimentação, paternidade e saúde.
A aquisição dos ativos de notícias do Yahoo aumentaria fortemente a presença do The Daily Mail nos EUA, onde ele lançou uma versão do seu site em 2012. Desde então, adotando uma estratégia agressiva que mistura agregação de notícias e a cobertura de escândalos envolvendo celebridades tornou um dos sites de notícias mais vistos do país, com 66,7 milhões de visitantes únicos fevereiro, de acordo com a comScore.
Outras empresas que manifestaram interesse pelo Yahoo foram a Time e os fundos de private equity TPG e KKR & Co. A Microsoft também manteve conversações com fundos de investimentos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Segundo essas fontes, o Google chegou a analisar os ativos do Yahoo, mas é improvável que faça uma oferta.
O valor do Yahoo é difícil de quantificar porque investidores atribuem uma grande parte dos seus US $ 34 bilhões de valor de mercado às suas participações no Alibaba e no Yahoo Japan. Em um relatório publicado em 4 de março, o analista Cantor Fitzgerald da Youssef Squali estimou o valor do Yahoo, excluindo os ativos asiáticos e dinheoro em seu caixa, em cerca de US$ 4,3 bilhões.
Procurados pelo jornal americano, o Yahoo se recusou a comentar sobre o processo de venda. Representantes da IAC e da Verizon também não quiseram falar sobre o assunto, e a CBS não respondeu a um pedido de comentário.
