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Combate a fraudes e revenue assurance ganham desafios adicionais para operadoras no ambiente de IoT e serviços OTT

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Fraudes e perdas de receitas representam uma perda (e um mercado) de cerca de US$ 38 bilhões por ano, ou cerca de 1,7% das receitas das operadoras de telecomunicações em todo o mundo. Mas, segundo a WeDo, uma das principais empresas globais de desenvolvimento de plataformas de revenue assurance e gestão de risco para empresas de telecom, essa é apenas a parcela tradicional deste mercado, que deve passar por transformações relevantes nos próximos anos.

Como quase tudo no mundo das telecomunicações, a tendência é que as ferramentas de gestão de risco e garantias de receitas tendem a se adaptar a um ambiente de nuvem, no modelo de software como serviço (SaaS). Hoje, a maior parte das plataformas precisa ficar instalada junto às bases de dados das próprias operadoras, por conta da integração complexa e necessidade de segurança dos dados. Mas segundo Bernardo Lucas, Chief Marketing & Strategy Officer da WeDo, a rápida evolução dos serviços e ampliação dos pontos em potencial de perda de receitas, somados à sofisticação das fraudes, exigem a atualização mais rápida das plataformas. A WeDo tem apostado nesse modelo de cloud e agora pretende expandir o conceito para uma loja virtual de aplicações de segurança. “Em princípio, colocaremos aplicativos nossos nessa loja, mas no futuro a ideia é abrir para desenvolvedores terceirizados que utilizem as nossas bases de dados”, explica.

Outra tendência do mercado de aferição de receitas é a adoção de mecanismos de inteligência artifical e mineração de dados de fontes abertas, como redes sociais, para ampliar a quantidade de dados utilizados para o cruzamento de informações. “Hoje trabalhamos com mais de 400 fontes diferentes de dados no nosso sistema diz Lucas.

Outro desafio para a aferição de receitas e gestão de riscos e fraudes das operadoras é o ambiente de Internet das Coisas, pois a quantidade de conexões e agentes envolvidos na cadeia de um determinado serviço aumenta exponencialmente. “O ambiente torna-se muito mais complexo e por isso nós recomendamos às operadoras que apostem no uso de plataformas de processamento em tempo real diz o CMO da WeDo.

Questões regulatórias também estão cada vez mais desafiadoras, pois cada país tem um tratamento diferente em relação às informações dos usuários que podem ser utilizadas no processo de checagem e verificação dos padrões de uso. Nos EUA, praticamente tudo é permitido, mas na Europa, por exemplo, existe uma restrição quase total. Apenas as informações que o usuário expressamente consentil que pudessem ser utilizadas podem gerar serviços.

Mas ao mesmo tempo em que o ambiente torna-se mais complexo e desafiador para as questões de revenue assurance e risk management, o desenvolvimento de plataformas cada vez mais complexas de análise de dados acabam criando oportunidades. “Hoje inclusive dividimos a nossa operação para termos uma área que identifica oportunidades de crescimento de receitas para as operadoras em função da análise de dados”, disse Bernardo Lucas.

Para Eric Priezkalns, editor da publicação CommRisk e membro do comitê da Risk & Assurance Group, as redes sociais colocam para as operadoras de telecomunicações um risco adicional, de imagem e reputação. Ele entende que o grande desafio das empresas é compreender a dimensão psicológica de comportamento dos assinantes dos diferentes serviços. “Essa é uma área nova, para a qual poucas empresas estão atentas, mas que pode ajudar a entender o comportamento dos usuários”, diz Priezkalns. Ele lembra o trabalho do Nobel de Economia , Daniel Kahneman, um psicólogo que entendeu como as dinâmicas comportamentais interferiam nos fluxos econômicos globais. “Ter esse tipo de perfil do usuário pode ajudar na prevenção de riscos de fraude, riscos de imagem e na geração de novos negócios para as operadoras disse ele. Os debates aconteceram durante o evento Worldwide User Group, organizado pela WeDo esta semana em Portugal.

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