As ações da Symantec desabaram mais de 33,1% nesta sexta-feira, 11, as 20h30 no horário brasileiro, depois que a empresa de segurança cibernética divulgou que o comitê de auditoria do conselho de administração investigava "preocupações" levantadas por um ex-funcionário e que poderia obrigar a companhia a republicar seus resultados.
A empresa perdeu cerca de US$ 6 bilhões em valor de mercado, a maior queda desde 2001. Pelo menos nove analistas rebaixaram as ações da empresa, informou a Agência Reuters.
A empresa divulgou nesta quinta seu relatório trimestral que aponta vendas de US$ 1.222 bilhão, 10 de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
A Symantec divulgou também que uma investigação foi iniciada a partir de informações de um delator e comentou que pode perder um prazo para apresentar o relatório anual 10-K e que pode ter que republicar alguns balanços financeiros e revisar perspectivas de desempenho.
A vice-presidente da Symantec, Cynthia Hiponia, disse na véspera a analistas que a investigação começou "em conexão com as preocupações levantadas por um ex-funcionário". Ela não disse se essa pessoa abordou a Symantec ou levantou a questão junto a autoridades de segurança.
Sean X. McKessy, um ex-diretor do programa da SEC que premia delatores por entrega de informações sobre empresas que violam regras do mercado financeiro dos EUA, afirmou que o alerta sobre o atraso na entrega do relatório 10-K sugere que o assunto envolve práticas contábeis.
"Embora isso possa dar em nada, é um assunto sério, e pode levar um tempo antes da melhora da confiança dos investidores", disseram analistas da Cowen & Co, â Agência Reuters.