A fornecedora de sistemas de automação bancária Diebold pagou US$ 25 milhões à Securities and Exchange Commision (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, para se livrar de uma investigação de fraude financeira. A companhia e três de seus ex-executivos da área financeira foram acusados, no dia 2 de junho, de maquiar os resultados da empresa para que o desempenho real ficasse mais próximo das projeções das consultorias e analistas de mercado.
De acordo com a acusação da SEC, a equipe de gestão da área financeira da Diebold recebia relatórios atualizados do desempenho da empresa – muitas vezes diariamente – para que os comparassem com as projeções de especialistas. Ao ver que os resultados reais eram piores do que as projeções do mercado, a equipe de executivos elaborava uma "lista de oportunidades" para que as projeções reais ficassem mais próximas das estimativas.
Essas oportunidades, segundo a SEC, eram fraudulentas e envolviam o repasse ilegal de receitas dentro das operações da empresa para que o registrado no relatório do balanço fosse maior do que o desempenho real.
A SEC também acusou o antigo presidente da Diebold, Walden O'Dell, de buscar "certos benefícios financeiros" com a venda de ações da empresa. O executivo, no entanto, concordou em reembolsar a SEC por meio de um mecanismo conhecido como clawback, em que a quantia é paga dentro de um período estipulado pela lei financeira norte-americana.
O acordo da Diebold com a SEC não envolve os três executivos, por isso a investigação de seus casos ainda continua. Estão arrolados no caso o antigo diretor financeiro da companhia Gregory Geswein, o antigo controlador e também diretor financeiro Kevin Krakora e a antiga diretora de contas da Diebold, Sandra Miller.
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