Depois de passar cerca de cinco meses travando uma autêntica batalha para tentar barrar a oferta hostil de US$ 44,6 bilhões pelo Yahoo, o conselho diretor do site de buscas enviou comunicado à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão responsável pela fiscalização do mercado de capitais americano, informando sobre o quanto essa agitação teve de custo real em dólares – especificamente, no que diz respeito aos gastos com advogados.
No total, segundo o informe, o Yahoo gastou US$ 36 milhões no primeiro semestre com pagamentos a consultores e advogados que negociaram com o acionista e investidor ativista, Carl Icahn, para que desistisse de lançar uma "proxy fight" (disputa de votos) para substituir diretores do conselho da companhia, com o objetivo de que fosse aprovada a oferta de compra feita pela Microsoft, e com outras despesas relacionadas a processos judiciais.
Grande parte desse dinheiro provavelmente foi financiado pelos bancos Goldman Sachs, Lehman Brothers e Moelis & Company, instituições financeiras que têm trabalhado com o Yahoo. A Skadden Arps Slate Meagher & Flom tem prestado consultoria jurídica à companhia.
O valor não inclui pagamentos feitos em julho, quando a empresa este engajada totalmente no trabalho de convencimento dos seus acionistas a não votar a favor de Icahn para substituir a diretoria. De acordo com o blog PaidContent.org, especializado em negócios na área de tecnologia, houve também outros tipos de custos intangíveis para o Yahoo, tais como "tempo gasto, desvio de recursos internos e pura diversão".
O comunicado, no entanto, deixou de divulgar outra questão ainda não respondida: o assunto foi devidamente resolvido, em termos financeiros e de outras pendências, conforme questiona a versão on-line do jornal americano New York Times.