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Social health cria novas oportunidades na cadeia de saúde e amplia informações aos pacientes

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Com o fenômeno das redes sociais, grupos de interesse e colaboração, o relacionamento médico-paciente está passando profundas transformações e abrindo margem para o surgimento de sites de conteúdo médico, orientação sobre doenças e informações úteis sobre saúde e de segunda opinião, entre outras modalidades de mídias e ferramentas que compõem o chamado social health.

Uma delas é a Ology, rede social segmentada que tem como público-alvo médicos de todas as especialidades e que auxilia os profissionais possibilitando a emissão de prescrição médica eletrônica e videoconferências.

A rede, que disponibilizará duas opções de contas — padrão, que é gratuita, e a Premium, que possibilita aos médicos aprofundar seus conhecimentos e habilidades através de atualização científica, discutir casos e opções de tratamentos com especialistas, além de consultar a opinião ou pedir ajuda em diagnósticos mais complexos. Numa segunda etapa, também será possível exercer atividades remuneradas participando de pesquisas. “Nós queremos ter o melhor e mais completo canal de conhecimento, comunicação e relacionamento dos médicos do Brasil”, diz Giovana Pieck, sócia da Ology.

O projeto, que após três anos em desenvolvimento está em fase de lançamento, foi idealizado por Giovana e o cofundador de uma das maiores agências de internet na Holanda Marc Schipperheyn. “A ideia foi unir a tecnologia e a saúde em um mesmo espaço. O uso de redes sociais exclusivas para médicos já é uma realidade nos EUA, na Europa e Ásia. São milhões de médicos conectados, colaborando entre si e fazendo uso de redes sociais exclusivas como instrumento de trabalho e como forma de alavancar o conhecimento”, diz Pieck, que foi uma das painelistas do Fórum Saúde Digital, nesta segunda-feira, 11, em São Paulo.

A Ology foi desenvolvida e inspirada no Facebook e no LinkedIn e oferece ferramentas similares a essas redes sociais, com adaptações feitas para atender às necessidades do público-alvo. Ela s inspirou em sites como o Sermo, existente desde setembro de 2006, que vem se consolidando como uma das principais comunidades virtuais de colaboração entre médicos, a Doximity, criada em 2010, que consiste em uma rede social móvel e web para médicos, e já é usada por, aproximadamente, 40% dos médicos americanos.

De acordo com Giovanna, nos mercados emergentes, inclusive no Brasil, os médicos estão utilizando redes sociais comuns, como o Facebook e o LinkedIn, para fins profissionais. “E isso traz riscos como o vazamento de informações de pacientes e de informações dos grupos de discussões fechados”, diz ela, acrescentando que a Ology implementou um rigoroso protocolo de segurança e compliance que utiliza autenticação segura, criptografia SSL, entre outros recursos.

Além das facilidades de troca de experiências, o Ology oferecerá aos usuários a possibilidade de emitir receitas médicas eletrônicas por meio de parceria exclusiva firmada com a Sollis, empresa criadora do programa Euprescrevo, que tem como objetivo diminuir falhas nos processos como a prescrição médica ilegível, além de evitar, muitas vezes, riscos de falsificação de receita. O sistema beneficiará, também, pacientes que muitas vezes encontram dificuldades em decifrar as receitas, possibilitará aos médicos maior facilidade na prescrição e segurança na dispensação de medicamentos garantindo integralidade da informação.

Orientações gratuitas

Outra rede social voltada à área de cuidados com a saúde é o Medicinia, em que médicos voluntários ajudam internautas com algum tipo de dúvida e orientações sobre medicina e saúde. O site, que é totalmente de graça, não permite consultas médicas online, nenhum tipo de diagnóstico nem tampouco a prescrição de qualquer medicamento.

A ideia com o site, segundo Daniel Branco, médico neurologista e um de seus fundadores, é possibilitar uma linha direta entre a população e a comunidade médica na orientação das mais diversas dúvidas sobre saúde. “A saúde hoje é baseada somente em interações presenciais de baixa frequência e alta intensidade. E objetivo do Medicinia é aumentar frequência e a intensidade”, diz.

O objetivo do Medicinia, diz Branco, é aumentar a eficiência da saúde através de uma maior conectividade e integração das equipes multiprofissionais, pacientes, operadoras, prontuários e dispositivos de hospitais, clínicas e sistemas de saúde.

O que motivou o investimento no site foram algumas constatações. Entre elas, o executivo cita pesquisa que aponta que 70% dos pacientes brasileiros querem estar próximos dos médicos e que 84% se preocupam mais com a qualidade da assistência do que com a presença física do médico. Além disso, ele diz que 85% perceberam que a comunicação médico-paciente online leva a um acompanhamento mais regular da saúde.

Cânceres hematológicos

Há ainda a rede social Amar a Vida, criada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), especializada em leucemia, linfoma e outros cânceres hematológicos, baseada em comunidades, definidas por temas de necessidades relevantes de colaboração. Ela funciona como um canal de comunicação e colaboração entre pacientes, familiares, profissionais de saúde, pesquisadores, órgãos de governo, entre outros, que atuam para mudar a história da onco-hematologia no país.

De acordo com Merula Steagall, presidente da Abrale, a razão de criar uma rede social própria, em vez de usar as mídias sociais públicas já existentes se deve a questões como privacidade, credibilidade e retenção do capital intelectual. “Com uma rede própria, podemos garantir a privacidade, possibilitada pelas comunidades com acesso moderado e restrito.”

Prevista para entrar no ar no fim de setembro, a rede Amar a Vida terá comunidades voltadas aos direitos dos pacientes, testemunhos de superação, mães e país de pacientes diagnosticados, pacientes de linfoma, pacientes de leucemia entre outras. “A ideia é agilizar a troca de informações e experiências para uma melhor e mais abrangente participação de todos os envolvidos nos enormes desafios pessoais, organizacionais e políticos que se apresentam diariamente na luta contra o câncer de sangue”, diz Merula.

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