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Ações de empresas de tecnologia americanas recuam após China desvalorizar moeda

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As ações das empresas de tecnologia norte-americanas encerraram o dia em queda conforme investidores avaliavam as implicações do movimento surpresa do governo da China, que anunciou nesta terça-feira, 11, uma superdesvalorização de 1,9% de sua moeda, a maior desde o fim do regime de câmbio fixo. A desvalorização máxima neste ano até então tinha sido 0,16%.

O índice Nasdaq Composite da bolsa dos Estados Unidos, que reúne as maiores companhias dos setores de alta tecnologia em eletrônica, informática e telecomunicações, fechou em queda de 1,27% nesta terça-feira, enquanto o índice Nasdaq 100, formado pelas 100 maiores empresas americanas que não estão ligadas ao setor financeiro, recuou 1,29%.

As exportações chinesas caíram 8,3% nos últimos 12 meses, o que levou o Banco do Povo da China (PBOC) a promover a desvalorização do iuan. Embora, de um lado, a medida vá ajudar os exportadores chineses, por outro lado, ela vai prejudicar as empresas norte-americanas e estrangeiras em geral que fazem negócios dentro da segunda maior economia do mundo.

Este cenário é que fez com que os papéis das blue chips do setor de tecnologia, como Apple, Microsoft, HP, IBM, Intel e Facebook, caíssem nesta terça-feira. A única exceção foi o Google, cujas ações fecharam o pregão tradicional em alta de 4,1%, cotadas a US$ 690,30 a ação, ainda sob o impacto positivo da ampla reestruturação administrativa anunciada na segunda-feira, 10, pela empresa.

As maiores baixas do índice Nasdaq Composite foram da Apple, HP e Intel. A Apple fechou com as ações em queda de 5,2%, negociadas a US$ 113,49, após decisão chinesa de desvalorizar sua moeda. Já os papéis da HP recuaram cerca de 3%, enquanto a Intel perdeu 2,26%.

Dependência chinesa

A Apple foi que mais sentiu o impacto por ser bastante dependente do crescimento das vendas na China. Ou seja, ela perde dinheiro quando converte o montante obtido com as vendas na China para o dólar americano. É preciso considerar também que a desvalorização do iuan vai beneficiar os rivais chineses da fabricante, uma vez que os custos de produção ficarão mais baratos. Além disso, os smartphones da Apple estão entre os mais caros da China, por isso a desvalorização não deve encorajar a empresa a aumentar os preços para manter suas margens de lucro.

Em suma, se a situação da empresa na bolsa que já não era boa, agora tende a piorar. Ações da Apple tomaram uma verdadeira surra nos últimos 20 dias, caindo 13,7% desde 20 julho. Vale lembrar que a Apple superou as estimativas de receitas e os lucros dos investidores no último balanço trimestral.

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