A Parks, fabricante brasileira de equipamentos para telecomunicações, investiu cerca de US$ 1 milhão para a produção de equipamentos WiMAX, mas, em função do atraso no leilão das freqüências de 3,5 GHz e 10,5 GHz, está longe de recuperar o investimento.
?Já estávamos produzindo, mas paramos porque não dá para ficar estocando, isso tem um custo?, afirma Valneis Signor, gerente de produto da Parks. O capital foi usado para a montagem da linha de produção, pesquisa, desenvolvimento e treinamento de funcionários.
?Esse é um projeto chave para nossa empresa. Inclusive a parceria com o CPqD continua?. Segundo ele, a Parks e o CPqD estão trabalhando em um outro produto com a tecnologia WiMAX, que ainda não pode ser divulgado.
Apesar do atraso, Signor continua otimista com relação à tecnologia, porque as empresas que adquirirem o equipamento obtêm redução no IPI, uma vez que a Parks se enquadra no Processo Produtivo Básico (PPB) – plano do governo federal que prevê redução da carga tributária na compra de produtos fabricados no Brasil.
?As empresas que já têm licença atuam com equipamentos importados. E por este motivo (redução do IPI) têm interesse em atuar com o equipamento nacional?. Segundo Signor, parte dos equipamentos produzidos foi usada para ser certificada pela Anatel e outros foram usados pelos clientes para testes.