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Dados se tornam centrais para indústria de TV e mídia

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“Os dados estão se movendo para o centro da indústria de mídia. Netflix, Amazon, Google têm dados no centro de suas estratégias, seja para conteúdos ou publicidade, e o mercado de TV tem que ir nessa mesma direção. Essa é uma indústria que não era baseada em dados, não tinha informações suficiente sobre a audiêcia que precisará para competir”. Quem diz isso é o diretor de mídia e entretenimento da IBM, Steve Canepa, em uma análise sobre o casamento entre a indústria de TI e a indústria de televisão, durante um dos painéis da IBC 2015, principal evento de telecomunicações da Europa, que acontece em Amsterdã.

O casamento entre TI e televisão é tão inevitável quanto em qualquer indústria. Mas no caso do mercado de televisão e mídia, há algumas especificidades. Primeiro, porque existe a necessidade de uma combinação de tecnologia, que já vem acontecendo há mais de uma década no workflow das emissoras e armazenamento de conteúdos. Mas ainda é uma primeira etapa. “O casamento tem que se dar como aconteceu no mercado de telecomunicações, em que TI e rede hoje não se diferenciam mais”, diz o head de media e entretenimento da Hewlett Packard Enterprise, Lionel Lapras.

“As emissoras estão, sem dúvida, há uma década investindo em IP, mas a questão é quando isso vai se tornar o core das empresas. Vimos algumas inovações importantes na Copa do Mundo. Mas ainda falta chegar ao coração das produções e acho que estamos indo nessa direção”, diz Muriel de Lathouwer, CEO da EVS, outra empresa de TI presente à IBC. “A gestão dos conteúdos agora é multiplataforma, várias tarefas precisam ser executadas em nuvem. Sem dúvida mudou a dimensão”, diz Canepa, da IBM. Para os especialistas que participaram do debate, ainda existe uma demanda muito grande de profissionais que entendam dos dois mundos (TI e TV) e que possam ajudar nessa integração.

Para o diretor geral para a área de mídia da Microsoft, Tony Emerson, a grande questão para os broadcasters é quando ir para o vídeo IP. Ele diz que hoje existem empresas que com não mais do que dez pessoas conseguem oferecer serviços de broadcast de esportes para todo o mundo via Internet. “Isso é uma grande ameaça ao modelo tradicional de televisão”.

A forte presença das empresas de TI em um evento voltado para empresas de televisão e produção de conteúdo não é por acaso. Segundo a IABM, associação que congrega fornecedores e emissoras de todo o mundo, o mercado de mídia e broadcast gira hoje US$ 50 bilhões por ano, com crescimento de cerca de 5% ao ano, mas puxado pela venda de serviços, já que a venda de equipamentos está em queda, de acordo com o acompanhamento de mercado feito pela associação.

3 COMENTÁRIOS

  1. “Dados” mas que dados? Possebon v se refere a itens referentes às informações, i.é ‘factual knowledge’ ou conhecimentos, ou ‘knowledge’ ou saber, ou o quê exatamente? Números? Qualidade versus quantidade e vice-versa? Vem cá, seja mais claro, por favor. O mundo não vive de esportes ou de ilusões, mas de conhecimento aonde os esportes e as ilusões de ótica ou nem tanto, podem ou não se instalar. Se v voltar os olhos para o berço do gênero de não-ficção, o Documentário, v verá que é aí, e não na ficção, que nasce a informação fora dos livros. Essa transição do livro ao Documentário só deixou de existir em lugares menos civilizados aonde a não-ficção não pode se desenvolver naturalmente porque a ficção tomava todo o espaço disponível, caso específico brasileiro, que só agora começa a querer entender o que se passou: nada menos que o uso da mídia em favor de um gênero secundário e de certa forma espúrio, falso e hipócrita, porque não passa de uma invencionice, o que aqui chamam de novela, espécie de manipulação conteudística e por isso mesmo temporária, um tampa buracos. É isso que v quer dizer com os seus “dados”? Se não é, explique-se melhor, svp.

  2. Sr. Geraldo, peço licença para entrar na conversa. Achei muito pertinente tudo que o sr. colocou sobre mídia, conhecimento, etc. Porém, com relação a “dados”, eu entendi que se trata do tipo de tecnologia, no caso TI. A Internet, o celular digital e agora, a TV digital, funcionam a partir de um tráfego de dados. Porque, tudo que eles recebem são pacotes de dados, bytes, que são combinações de 0 e 1 . Isso é chamado de tráfego de dados. Na matéria, quando se fala em soluções para TV com dados é, por exemplo, saber quem está assistindo àquele programa. No facebook, cada vez que vc entra eles ficam sabendo a que horas entrou, que páginas visitou, quanto ficou em cada página e quando saiu. São esses os dados que ele acha importante obter da TV, para dizer objetivamente, aos anunciantes, quantas pessoas vêm este ou aquele programa, quantos passam por ele e mudam de canal, em que momento, etc. O Ibope controla isso por amostragem. Ele paga para algumas pessoas terem em casa uma maquininha que levanta esses dados e envia para a central. O facebook sabe isso indivudualmente. A esperança é de que, em pouco tempo, seja assim também com as TVs, agora digitais.

  3. Concordo, mas esses “dados” como quer o autor, são informações secundárias ou mesmo subsidiárias e/ou suplementares (ancilary information); talvez queiramos ver o problema (the issue) em si por duas óticas diferenciadas, uma qualitativa, e que mais me interessa por sua variedade, significado e sentido, e a outra quantitativa, ou, relacionada ao que Possebon chama de dados, frios e sem sentido para os não iniciados (senseless). Compreendo que ‘deus’ tenha escrito o mundo por meio de e com números e algoritmos, e quanto a nós humanos, nos resta preencher os espaços vazios com conhecimentos e com saber. Os dois se completam, mas me perdoe se eu quiser ser somente humano . . .

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