Samsung anuncia que deixará de fabricar em definitivo Galaxy Note 7 e ações desabam

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A Samsung Electronics anunciou nesta terça, 11, que deixará de fabricar definitivamente seu smartphone Galaxy Note 7 por causa do grande número de aparelhos que explodiram e pegaram fogo. "Para o benefício da segurança dos consumidores, paramos as vendas e trocas do Galaxy Note 7 e, consequentemente, decidimos parar a produção", afirma a fabricante em comunicado.

O Note 7 era o modelo high-end com o qual a fabricante coreana pretendia competir com os novos iPhones da Apple e outros dispositivos de premium do mercado no período de compras natalinas.

A decisão acontece horas depois de a Samsung ter anunciado que havia suspendido as vendas do aparelho aos consumidores, em razão de pressões de órgãos reguladores e operadoras de telefonia móvel que vendem seus telefones. Relatos de problemas com o novo modelo de smartphone da marca foram feitos por consumidores nos EUA, China e na Austrália. Um caso que ficou conhecido foi quando um voo da Southwest Airlines, nos EUA, teve de ser cancelado evacuar os passageiros porque um Note 7 começou a exalar fumaça, pegou fogo e acabou queimado piso de carpete da aeronave.

Desde que o smartphone foi lançado no dia 2 de agosto passado, a fabricante vem lutando para descobrir a causa dos incêndios provocados pelo superaquecimento das baterias, mas, como não detectou o motivo da falha, decidiu encerrar a fabricação do produto. Inicialmente, a empresa chegou a culpar um fabricante de bateria, mas mesmo com a troca do fornecedor os problemas não acabaram.

A Samsung não disse quantos smartphones serão afetados com o recente anúncio. Analistas estimaram que um recall inicial custaria entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões, e acreditam que o prejuízo com o encerramento da produção do aparelho pode gerar prejuízo ainda maior. Alguns deles calculam que a empresa pode perder cerca de US$ 5 bilhões em lucro operacional até 2017.

O fim da produção do smartphone pode dar combustível para aprovação da proposta do controvertido investidor Paul Singer, dono do fundo de hedge Elliott Management Corp. que tem defendido a cisão (spinoff) da empresa. Ele propõe que a Samsung se separe em duas: uma companhia operacional e uma holding, que seja lista em uma bolsa nos EUA, pagar aos acionistas um dividendo especial de 30 trilhões wons ( o correspondente a US$ 27 bilhões) e melhorar a governança através da instituição de três conselheiros independentes.

Após o anúncio do encerramento da produção, as ações da Samsung registraram queda de 8% na Bolsa de Seul, o que fez com que a empresa perdesse parte dos cerca de US$ 17 bilhões em valor de mercado. Os papéis da empresa desabaram ainda mais, 9,9%, no pregão da Bolsa de Londres após a notícia. Com agências de notícias internacionais.

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