Como empresas de tecnologia podem reter talentos

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Atrair e reter talentos são os principais desafios do setor de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) das empresas de tecnologia. A tarefa é complexa e exige cada vez mais das organizações, que precisam atender a equipes diversas e com anseios e propósitos variados. Há vagas sobrando no segmento. Segundo expectativa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a demanda deve ser de 70 mil vagas novas por ano para o setor de tecnologia entre 2019 e 2024.

Além disso, muitos profissionais da área planejam sair do país. É o que mostra um estudo do Boston Consulting Group (BCG), realizado em 2018 e que englobou 27 mil pessoas. O levantamento aponta que o Brasil é um dos líderes mundiais quando o assunto é fuga de talentos na área digital. Realizada em parceria com a The Network em 180 países, a pesquisa diz que 87% dos experts digitais desejam sair do país, uma porcentagem bem superior à média global, que é de 67%.

Então como as empresas de tecnologia podem manter os profissionais capacitados em suas equipes? Infelizmente não há uma fórmula mágica, mas alguns caminhos podem trazer bons resultados. Um dos principais é investir no crescimento e desenvolvimento dos profissionais, através de cursos e eventos. A Supero, por exemplo, empresa catarinense de tecnologia, aposta na qualificação constante do time, seja em cursos internos ou externos. Neste ano, os profissionais já passaram por treinamentos em UX/UI, Docker, Itil, Machine Learning, Xamarin, Kanban, e eventos sobre AWS Cloud. Além de cursos de desenvolvimento de líderes e Agile Coach. O resultado é uma equipe engajada. Prova disso é o índice de retenção de talentos da empresa, que é de 96% em 2019.

Os profissionais da Supero ficam em média 2,1 anos na empresa, acima da média do mercado de TI. Uma pesquisa da Paysa, companhia que compara características de potenciais empregadores, mostra quanto tempo em média os funcionários permanecem nas maiores empresas de tecnologia. Mesmo com benefícios e ambiente descontraído, a rotatividade é grande. O Facebook, por exemplo, lidera a lista com média de dois anos de permanência dos funcionários, seguido pelo Google, com 1,9 anos. No outro extremo, aparece o Uber, com média de 1,2 ano.

Para tentar evitar a alta rotatividade, as empresas precisam investir no bem-estar e participação dos profissionais. Eles precisam se sentir parte da organização, ser ouvidos e participar de decisões da companhia. Também vale avaliar benefícios como home office, que ajudam a evitar desgaste com deslocamento e priorizar o tempo do profissional com a família.

Além disso, ter um ambiente de trabalho leve e descontraído ajuda a ter uma equipe mais integrada e comprometida. Na Supero, há happy hour mensal e o Workchopp, evento interno para discutir algum tema técnico apresentado pelos próprios profissionais, acompanhado de chope. O evento ocorre em média a cada dois meses e existe desde 2015. É uma forma simples de trocar conhecimento, integrar o time, tanto interno como externo, além de tornar o ambiente mais descontraído.

De modo geral, as empresas de tecnologia precisam dar oportunidades e investir no desenvolvimento e bem-estar de sua equipe. Escutar os profissionais e apoiá-los, sem dúvida, é a melhor forma de reter talentos.

Bárbara Daniel Vieira, coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da Supero.

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