A Foxconn, gigante taiwanesa de montagem terceirizada de produtos para empresas de tecnologia, fechou o terceiro trimestre deste ano com uma queda de 8,7% no lucro líquido, para US$ 1,09 bilhão (equivalente a 34,6 bilhões de novos dólares taiwaneses), pressionado pelos custos com a aquisição recente da fabricante japonesa de eletrônicos Sharp. Apesar da queda no lucro, a receita subiu para cerca de US$ 300 bilhões ( NT$ 1.075 trilhão).
As despesas com a Sharp corroeram a rentabilidade da empresa, já que foi um trimestre de vendas forte, devido a produção do iPhone 7 para a Apple, o maior cliente da gigante taiwanesa. A Foxconn completou a aquisição da Sharp, pela qual pagou US$ 3,8 bilhões, em agosto, após anos de negociações tumultuadas e ataques de parte a parte que quase fizeram o negócio naufragar.
O negócio de painéis de tela plana da Sharp se encaixa na estratégia da Foxconn de expandir a produção de componentes high-end, um negócio mais lucrativo do que a montagem de produtos eletrônicos. Logo após a conclusão da compra, a gigante taiwanesa disse que vai acelerar os esforços que a Sharp vinha realizando para produzir telas de diodo orgânico emissor de luz (OLED), tecnologia que promete revolucionar a próxima geração de telas permitindo o desenvolvimento de telas flexíveis. A Apple está considerando adotar essa tecnologia para iPhones já no próximo ano, disse o The Wall Street Journal, citando fontes próximas à empresa.
Embora a fabricação de dispositivos para a Apple ainda seja a maior fonte de receita da Foxconn, ela vem diversificando cada vez mais seu portfólio para outros campos de alta tecnologia, desde infraestrutura de telecomunicações até robótica e comércio eletrônico.