Bem-vindo à era da transformação digital, aos tempos de ouro dos dados, em que tudo se coleta e armazena, gerando sistemas complexos de infraestrutura, custos estratosféricos de consumo em cloud e um bombardeio desenfreado de leads de todos os tipos imagináveis.
Em primeiro lugar, eu gostaria de deixar claro o quanto eu sou a favor da era digital. Estou há muitos anos no mercado de Big Data e presenciei, e ainda presencio, benefícios impactantes que fizeram empresas mudarem de patamar quando resolveram conhecer melhor o seu cliente e o seu mercado endereçável.
Porém, essa nova fase também "traumatizou" muitas empresas, principalmente as que se baseavam em listas volumosas de leads para direcionar a sua estratégia comercial. Antes, quando se falava em milhões de dados capturados, lia-se: aumento de vendas. Hoje, quando se fala apenas de volume, lê-se: fogo no parquinho do time comercial.
Foi pensando nisso, em evitar os rostos espantados, suor e tremor nas reuniões com os clientes, que a ITB360 lançou a era do Big Data 2.0. Afinal, passa um filme na cabeça quando falamos que temos mais de 160 milhões de empresas capturadas no mundo. Mas o que isso quer dizer e como isso impacta positivamente os negócios?
São mais de 7 bilhões de pessoas no mundo. Se cerca de 51% delas têm acesso à internet e geram aproximadamente 1 quintilhão de bytes de dados por dia, podemos imaginar o tanto de informação valiosa que existe nos rastros digitais deixados por elas, aliás, por nós. A era do Big Data 2.0 chegou para mostrar que esse volume não é o que realmente importa e sim o valor que essas informações podem entregar.
Quando esses dados são enriquecidos podem ajudar a tomar decisões, mostrando padrões de comportamento, consumo e até mesmo fazer previsões para aumentar vendas e diminuir risco de diversos setores.
A proposta é entregar esses dados capturados em tempo real, de ponta a ponta, fornecendo mais autonomia para as empresas enxergarem as oportunidades que elas possuem hoje. É não gastar tempo com erros, eles custam caro para as empresas, para os funcionários que são direcionados a um determinado caminho, quando de fato as oportunidades estão em outro. E as consequências? Time desmotivado por não bater a meta, cobrança em cima dos investimentos em inteligência de mercado e o concorrente com vantagem competitiva.
O que observei durante a pandemia que estamos vivendo é que muitas empresas não utilizam dados externos e nem as próprias informações que já possuíam para entender o seu mercado e tomar decisões direcionadas. Com o distanciamento social os modelos de negócios tiveram que ser revistos, muitos processos realizados de maneira off-line tiveram que se digitalizar, e com isso uma enorme gama de dados começou a fazer parte do seu dia a dia. E uma vez inicializado esse processo on-line, é muito difícil voltar para o modelo do passado, pois o atual traz maiores informações e conhecimento sobre os seus clientes.
Essa nova realidade traz mais valor para as empresas, porém nem sempre sabe-se quais são as perguntas que buscam responder ao analisarem todos esses dados. Pois não adianta ter um banco de dados gigante e não saber como utilizá-lo. Também não adianta ter essas informações desatualizadas, pois elas guiarão a conclusões também desatualizadas.
Com o Big Data 2.0, as empresas não acumulam dados em bases gigantes. Elas extraem informações valiosas em tempo real, enriquecem as já existentes e identificam insights que serão utilizados por tomadores de decisões para prevenir riscos, descobrir tendências antes dos concorrentes, entender o comportamento do seu público-alvo e focar nas estratégias certas.
Chegou o momento de aproveitar essa onda e facilitarmos as coisas, de ajudar as empresas a terem visibilidade todos os dias sobre o SEU mercado, e apoiar no direcionamento de estratégia em real time. Chegou a hora do Big Data 2.0: escalável, acessível e eficaz. Pois não se trata mais do grande volume de dados, e sim no valor que essas informações trazem para as empresas.
Francielly Feijó, head of Growth na ITB360.