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1/3 dos jovens em todo o mundo está fora da economia digital, denuncia UNICEF

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Apesar da presença online maciça de crianças e adolescentes – um em cada três usuários de internet em todo o mundo tem menos de 18 anos de idade –, muito pouco é feito para protegê-los dos perigos do mundo digital e para aumentar seu acesso a conteúdo online seguro, disse o UNICEF em seu principal relatório anual divulgado hoje.

Crianças e adolescentes em um mundo digital apresenta o primeiro olhar abrangente do UNICEF sobre as diferentes maneiras pelas quais a tecnologia digital está afetando a vida e as chances de meninas e meninos, identificando perigos e oportunidades. O relatório argumenta que governos e setor privado não acompanharam o ritmo da mudança, expondo crianças e adolescentes a novos riscos e danos e deixando para trás milhões de meninas e meninos mais desfavorecidos.

O texto explora os benefícios que a tecnologia digital pode oferecer às crianças e aos adolescentes mais desfavorecidos, inclusive aqueles que crescem na pobreza ou são afetados por emergências humanitárias. Isso inclui aumentar seu acesso à informação, construir habilidades para o local de trabalho digital e dar-lhes uma plataforma para que se conectem e comuniquem seus pontos de vista.

No entanto, também mostra que milhões de crianças e adolescentes estão sendo deixados para trás. Cerca de um terço dos jovens (entre 15 e 24 anos) em todo o mundo – 346 milhões – não está online, exacerbando as iniquidades e reduzindo a capacidade de meninas e meninos de participar em uma economia cada vez mais digital.

O relatório também examina como a internet aumenta a vulnerabilidade de crianças e adolescentes a riscos e danos, incluindo o uso indevido de suas informações privadas, o acesso a conteúdos prejudiciais e o cyberbullying. A presença onipresente de dispositivos móveis, segundo o relatório, fez o acesso online ser menos supervisionado para muitos meninos e meninas – e potencialmente mais perigoso.

Redes digitais como a internet obscura e as criptografias estão permitindo as piores formas de exploração e abuso, incluindo o tráfico e a distribuição online de pornografia infantil “feita sob encomenda”.

No Brasil, o relatório destaca a campanha Internet Sem Vacilo, que promoveu o comportamento online seguro entre adolescentes e abordou questões como cyberbullying, sexting e privacidade. Lançada em 2015, contou com a participação dos youtubers Jout Jout e Pyong Lee e atingiu quase 14,5 milhões de pessoas e gerou mais de um milhão de visualizações de redes sociais.

A Safernet, parceiro da campanha, mantém uma central de atendimento por telefone e online para ajudar crianças, adolescentes e jovens afetados pela violência no ambiente digital. Os principais tópicos abordados pelo serviço em 2016 foram o cyberbulling, com 312 casos; sexting, 301 casos; e problemas com dados pessoais, 273 casos.

O Proteja Brasil é um aplicativo gratuito que permite a toda pessoa se engajar na proteção de crianças e adolescentes. É possível fazer denúncias direto pelo aplicativo, localizar os órgãos de proteção nas principais capitais e ainda se informar sobre as diferentes violações.

As denúncias são encaminhadas diretamente para o Disque 100, serviço de atendimento do governo federal. O aplicativo também recebe denúncias de locais sem acessibilidade, de crimes na internet e de violações relacionadas a outras populações em situação vulnerável.

O relatório apresenta dados e análises atuais sobre a utilização da internet e de redes online por crianças e adolescentes e o impacto da tecnologia digital sobre o bem-estar de meninas e meninos, explorando debates crescentes sobre o “vício” digital e o possível efeito do tempo em frente à tela no desenvolvimento do cérebro.

Segundo a pesquisa, somente uma ação coletiva – por parte de governos, setor privado, organizações que defendem os direitos da infância e adolescência, universidades, famílias e os próprios meninos e meninas – pode ajudar a assegurar a igualdade de oportunidades no espaço digital e tornar a internet mais segura e mais acessível para crianças e adolescentes, afirma o relatório do UNICEF.

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