Receitas mundiais de celulares cairão 4,7%, prevê estudo

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A indústria mundial de telefones móveis terá um ano difícil pela frente com a expectativa de declínio de receitas, apesar de um ligeiro crescimento no número de unidades vendidas, revela estudo divulgado nesta quinta-feira (12/1) pela empresa de pesquisa de mercado iSuppli.

De acordo com o estudo, o preço médio dos celulares, em relação ao custo de fabricação, será de US$ 129 neste ano, uma queda de 9% em relação aos US$ 142 praticados em 2005. Segundo a iSuppli, a expectativa, no entanto, é que 850 milhões de celulares sejam comercializados no mercado mundial, o que corresponde a quase o dobro do volume registrado em 2002 e um aumento de 5% em relação aos 810 milhões de unidades vendidas no ano passado.

Em comparação com o mercado de aparelhos de TV, que registrou vendas de 200 milhões de unidades no ano, a pesquisa mostra que, os telefones móveis foram a categoria de eletrônicos de consumo mais representativa no mundo. Mas, mesmo que esse crescimento se mantenha em 2006, não será suficiente para conter o declínio dos preços dos dispositivos.

Como resultado, segundo a iSuppli, a receita total da indústria de telefones móveis cairá de US$ 115,1 bilhões em 2005 para US$ 109,7 bilhões neste ano, uma queda de 4,7%. A retração, afirma o estudo, continuará nos próximos três anos em comparação com o crescimento das receitas obtido nos anos de 2002 (US$ 68,7 bilhões), 2003 (US$ 91 bilhões) e 2004 (US$ 110 bilhões).

O estudo constata que a queda nos preços médios dos celulares se intensificou no ano passado, registrando uma retração de 8,5% contra 2,7% em 2004. O reflexo disso é que os dois fabricantes de celulares líderes de mercado, a Nokia e a Motorola, passaram a vender aparelhos nos mercados emergentes por menos de US$ 40, um preço considerado impraticável até um ano atrás.

Na análise da iSuppli, existe também uma pressão muito forte das operadoras de telefonia móvel para que os fabricantes desenvolvam aparelhos mais baratos para as suas redes de terceira geração (3G), de modo que possam tornar mais acessíveis os serviços multimídia aos assinantes ? o modelo mais barato de celular 3G custa cerca de US$ 200.

O declínio dos preços, resultante de chips mais baratos e do redesenho inteligente de placas de circuito que vão dentro dos celulares, prosseguirá além de 2007, como prevê a iSuppli. Segundo a empresa, as vendas de aparelhos continuarão a crescer, mas as receitas globais da indústria em 2009 estarão nos níveis das obtidas em 2005.

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