A computação cognitiva entrou de vez na agenda dos CEOs. Embora o conceito seja relativamente novo, a maioria dos presidentes-executivos avalia que ele ditará as mudanças tecnológicas em um futuro próximo, de acordo com um novo estudo da IBM. Na verdade, o levantamento aponta que metade dos CEOs que lideram as estratégias de inovação acredita que a computação cognitiva vai revolucionar seus negócios nos próximos três a cinco anos — 19% mais do que os chamados CEOs seguidores de mercado e 35% mais do que todos os C-suites (ou C-levels) combinados.
De acordo com o estudo do Instituto IBM para Valor de Negócios, intitulado "Redefinindo a Competição: Insights do Estudo Global C-suite – A perspectiva do CEO", os CEOs estão dando pouca ênfase à computação em nuvem e Internet das Coisas, como resultado da adoção antecipada dessas tecnologias, enquanto CEOs seguidores de mercado estão apenas começando a enxergar sua importância. O estudo destaca como as tecnologias emergentes estão se entrelaçando e combinando de novas maneiras, fazendo com que as empresas redefinam a forma de se relacionarem com os clientes e parceiros de negócios.
"CEOs sabem que precisam se preparar para um futuro, pois os avanços tecnológicos ocorrem em grande velocidade e as classificações tradicionais da indústria já não existem e 'ecossistemas' revolucionam mercados inteiros", disse Peter Korsten, vice-presidente da IBM Global Business Services. "Os principais CEOs do nosso estudo fornecem orientação a partir do qual todos os demais podem aprender como se preparar para um mundo de competição redefinido."
Segundo ele, todos os CxOs identificaram uma ameaça competitiva primária e o risco de interrupção de sua indústria causada por um concorrente de fora de seus ramos de atuação. "Os CEOs estão particularmente sintonizados com esse novo cenário, sendo que 60% deles esperam mais concorrência de outras indústrias", diz Korsten.
O estudo aponta ainda que os CEOs estão especialmente focados na inovação. "Eles estão olhando para reinventar suas empresas, em vez de simplesmente ajustar produtos ou serviços existentes. O executivos também estão mais propensos a repensar os segmentos de clientes que atendem e a explorar novos mercados e canais de distribuição", diz o relatório.
A IBM detectou de 100% dos CEOs que lideram as estratégias de inovação ??estão envolvidos na experimentação, pilotos e prototipagem, na comparação com apenas 66% dos seguidores de mercado. Eles entendem que os investimentos com poder de transformar a empresa geralmente levam mais tempo para dar retorno do que aqueles que só proporcionam avanços incrementais. Sessenta e oito por cento estão dispostos a esperar três ou mais anos para retornos positivos sobre a inovação, em comparação com 57% dos CEOs seguidores de mercado.
Para ajudar as empresas prosperarem neste momento de extrema transformação, o estudo recomenda que os CEOs incrementem suas estratégias utilizando análise preditiva e cognitiva para investigar novas tendências, aprofundar o envolvimento do cliente e abraçar novos mercados e canais de distribuição.