O Uber concordou em pagar US$ 28,5 milhões para encerrar duas ações coletivas relacionados à taxa "safe ride", que a empresa cobra dos usuários para cobrir despesas com segurança nas viagens. Conforme os termos do acordo, firmado na quinta-feira, 11, no Tribunal Distrital Federal de San Jose, na Califórnia, o Uber vai pagar cerca de 25 milhões de usuários do app de transporte particular nos Estados Unidos e reformular a taxa cobrada pela empresa a cada viagem.
O Uber já garantiu que irá rever a taxa e desembolsar algo em torno de US$ 1 para cada pessoa, valor que será pago aos que usaram o serviço entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de janeiro deste ano. A empresa disse que irá utilizar a nova taxa para "cobrir custos relacionados à segurança, bem como custos operacionais adicionais que poderiam surgir no futuro", como prevê o acordo.
O principal rival do Uber, o Lyft, já realizou mudanças semelhantes. "Nenhum meio de transporte pode ser 100% seguro. Acidentes e incidentes acontecem", disse o Uber em comunicado. "É por isso que é importante garantir que a linguagem que usamos para descrever a segurança no Uber seja clara e precisa".
O acordo põe fim ao processo movido por Matthew Philliben e Byron McKnight, em 2014, sob alegação de que o Uber negligenciou na verificação das informações para o recrutamento de motoristas, que devem apresentar atestado de antecedentes.
No início de 2014, o New York Times denunciou que o Uber e Lyft, seu concorrente nos EUA, fizeram um forte lobby contra a verificação de antecedentes em tribunais em todo o país. Na época, parlamentares disseram que na pressa para recrutar motoristas, Uber e Lyft priorizaram velocidade em detrimento da qualidade na verificação de antecedentes.