A LG faturou US$ 2,8 bilhões no Brasil no ano passado, uma alta de 12% na comparação com os US$ 2,5 bilhões de 2007. No entanto, o resultado ficou abaixo das expectativas da empresa, que esperava US$ 3 bilhões de faturamento no ano passado.
"Sentimos os efeitos da crise nos últimos três meses, que resultou em uma menor demanda nas nossas vendas", disse Eduardo Toni, diretor de marketing da LG Brasil. O executivo frisou que o primeiro trimestre também está sendo um período difícil, mas disse acreditar que a partir do segundo trimestre o mercado voltará a crescer.
No mercado de celulares, a LG espera igualar o bom desempenho do ano passado e vender os mesmos 12 milhões de unidades. "O mercado brasileiro é um dos poucos que dá indícios que continuará aquecido. Esperamos registrar fortes vendas, em linha com o ano passado, que foi um ano muito bom", avalia Carlos Mello, diretor comercial de celulares da LG.
Já no que diz respeito ao segmento de informática, a empresa avalia que registrará crescimento. Tanto que no fim do ano passado, a empresa aumentou a produção de sua fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, de 10 mil unidades para 15 mil unidades por mês.
Neste ano, a LG pretende mais que triplicar as vendas de notebooks no Brasil, atingindo 200 mil unidades, contra as 60 mil unidades registradas no ano passado. A meta é aumentar a participação no mercado de notebooks de 4% para 6%.
Assim como vem ocorrendo com quase todos os fabricantes, a LG também acaba de entrar na disputa pelo mercado brasileiro de netbooks, com o lançamento de seu ultraportátil de baixo custo. Segundo Celso Prevideli, a perspectiva é de que as vendas de netbooks sejam um estouro e represnetem cerca de 20% do total comercializado pela empresa neste ano.
Para atingir essa meta, a LG também planeja realizar investimentos na expansão da sua fábrica. "O mercado de notebooks e netbooks continuará aquecido e no meio do ano já teremos de aumentar novamente a produção para poder atender a demanda", revela Previeli, sem, no entanto, revelar a quantia que será investida.
Apesar de otimista, a LG anunciou que desistiu do plano de fabricar no Brasil modems de acesso à internet móvel de terceira geração (3G). "Esse mercado já tem grandes players e não teríamos muito a adicionar. As margens também são pequenas e para se ter retorno é necessário grandes volumes de venda. Além disso, os preços dos minimodems 3G apresentaram queda senvível no ano passado, de cerca de 50%", observa Mello.
- Expectativa positiva