COBIT 5 e lado comportametnal da gestão de mudanças

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 Apesar da necessidade de focarmos no ser humano os processos de gestão de mudanças nas empresas, nem sempre o profissional tem sido a prioridade. Isto porque, embora a Governança Corporativa e de TI tenham como base o tripé: Pessoas, Processos e Tecnologia, o primeiro, muitas vezes, fica em último nos projetos de gestão, independentemente do porte ou perfil da organização.

Adicionalmente aos processos  de gestão  de  mudanças  utilizando-se do COBIT e ITIL,dentre outros frameworks, o fator motivacional deve ser preponderante em qualquer tipo de mudança, seja no âmbito pessoal ou profissional.  Esse problema  se  corrige  pela motivação dos profissionais envolvidos em qualquer projeto de mudança de processos de negócio ou de tecnologia.

Um programa típico com esse objetivo envolve a aplicação de uma série de dinâmicas de grupo, apresentadas de forma lúdica. Assim, busca-se a compreensão de conceitos relevantes para a adoção das mudanças no ambiente corporativo.  Uma vantagem das dinâmicas é que resultam em benefícios que refletem no bem-estar do profissional, com melhor entrosamento e espírito de equipe, o que gera ganhos de produtividade e aceitação das mudanças no ambiente corporativo.

Dentre as atividades e métricas estabelecidas no COBIT-  Framework de Negócios para Gestão de TI Corporativa destacam-se:

• Atitude visível da alta administração em estabelecer a direção, alinhar, motivar e inspirar as partes interessadas a desejar a mudança;
• Estabelecimento de um sistema de recompensa para promover a mudança cultural desejável;
• Percentual de usuários apropriadamente treinados para mudança;
• Comunicação do Corpo Executivo demonstrando o comprometimento com a mudança;
• Identificação de potenciais agentes de mudança para implementar mudanças de cima abaixo em todos os níveis hierárquicos da organização;
• Identificação e gerenciamento de líderes resistentes a mudanças;
• Plano para a operação e uso da mudança que se comunica e se baseia em ganhos rápidos abordando aspectos comportamentais e culturais da mais ampla transição, aumentando o engajamento de todos na organização;
• Plano com uma visão holística de mudança que forneça documentação com orientação, formação, coaching, transferência de conhecimento, um maior apoio pós implementação e suporte contínuo;
• Acompanhamento de medidas de sucesso sobre como as pessoas sentem uma mudança, tomando ações corretivas quando necessário;
• Monitoramento e compartilhamento de lições aprendidas em toda a organização;

Como referência externa o COBIT 5 inclui Kotter, John; Liderando Mudança, Harvard Business School Press, EUA, 1996, a exemplo dos diversos conhecimentos que sempre incluí nos meus cursos de COBIT desde a versão 3 como PNL – Programação Neurolinguística, Gestão de Conhecimento, Matriz de Competências e Avaliação 360º, dentre outros. Afinal, o framework diz o quê fazer e não o como fazer.

O maior desafio da gestão de mudanças é termos tempo para corrigir, mas não termos para planejar e fazer certo da primeira vez.

Antonio de Sousa, sócio dretor da Big Five Consulting , especializada em Governança de TI,  1º. Presidente e Co-Fundador da ISACA no Brasil

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