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O conceito do Data Fabric e os seus benefícios para a Internet das Coisas

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Conforme a realidade da Internet das Coisas (ou em inglês, Internet of Things – IoT) assume um papel cada vez mais relevante em nossas vidas, cresce a necessidade de trocar as discussões estratégicas e teóricas do passado por algo mais substancial. Toda vez que se menciona IoT, parece que estamos diante de uma competição sobre quem consegue enumerar a maior quantidade possível de dispositivos conectados, enquanto o foco deveria ser considerar como devemos trabalhar com a imensa quantidade de dados que estes aparelhos estão gerando.

Este crescimento desenfreado trará um desafio ainda maior para o setor de TI: o de organizar os dados de modo a torná-los valiosos. A gestão e organização avançada é essencial para assimilar e utilizar, com eficiência, o dilúvio de dados proveniente da Internet das Coisas. No entanto, considerando a escala e o escopo dos dados, precisamos de novas ideias e abordagens que vão além das soluções tradicionais.

IoT e as camadas do bolo

A principal estratégia da NetApp para assimilar eficientemente a Internet das Coisas é empregar o conceito de Data Fabric. Trata-se de uma visão ampla de mercado que permite que os dados fiquem disponíveis no lugar e momento apropriados, com o desempenho e o custo adequados.

No caso da Internet das Coisas, nós enxergamos isso como uma abordagem chamada de “camadas de bolo”: um conjunto de funções e tecnologias integradas para enfrentar seus desafios. Existem 4 camadas fundamentais neste bolo: Parcerias e Soluções, APIs em Comum, Data Fabric e Plataforma de Dados & Data Lakes.

Cada uma dessas camadas fornece uma parte crítica para capacitar organizações a usar eficientemente o conteúdo da Internet das Coisas, e fornecer uma TI com infraestrutura estratégica que não envolva custos absurdos ou que seja muito limitada para suportar enormes fluxos de dados de entrada.

1) Parcerias e Soluções

Parcerias e soluções é um tópico que sempre vem à tona ao falar de aprimorar serviços na nuvem, e, basicamente, trata-se de fornecer aos clientes abordagens completas, totalmente integradas, e que resolvem problemas ou necessidades comuns, contando com parceiros-chave em IoT.

2) APIs em comum

As APIs –instruções e padrões de programação para acesso a um aplicativo ou software– são essenciais para a interação com os principais componentes de cada camada. A ideia é que tanto desenvolvedores individuais como organizações tenham suas APIs favoritas, fazendo com que o suporte extenso para API se torne uma função crítica.

Considerando que muitas soluções de IoT estão, ainda, no seu período embrionário, é muito provável que existam muitas APIs relativamente novas, ou que ainda não foram descobertas, e que irão desempenhar um papel importante no futuro. A verdade é que não temos todas as respostas neste momento, por isso, é importante assegurar o foco no suporte de APIs para garantir que a sua presença nas “camadas do bolo” seja duradoura. Como exemplo de API que desempenha um papel importante posso citar o OpenStack, solução que leva em conta essa abordagem de camadas e agrega valor a partir de dados da IoT.

3) Data Fabric

A ideia do Data Fabric é permitir que empresas façam um gerenciamento de dados padronizado, e prevê uma solução de armazenamento que pode funcionar em diferentes arquiteturas e plataformas. A principal vantagem é o método comum de tornar dados disponíveis sem colocá-lo em silos ou limitar sua flexibilidade.

O Data Fabric funciona como a ligação entre plataforma de dados, Data Lakes, APIs e produtos de software que serão usados para criar aplicações de IoT em um nível mais avançado. Para isso, é necessária uma interface consistente que torne mais fácil fornecer esses dados para workloads ou aplicações específicas.

O que observamos é que esta enorme quantidade de informação gerada pela Internet das Coisas está começando a se tornar parte do ativo de dados global das empresas, por isso, será essencial que organizações de TI tenham acesso ao tipo mais adequado e rentável de armazenamento físico. Neste sentido, o Data Fabric disponibiliza um painel de controle único para gerenciamento de todos os dados, independentemente da plataforma ou localização.

4) Plataforma de Dados e Data Lakes

A camada de plataforma de dados é projetada para fornecer uma Plataforma como Serviço (ou PaaS – Platform as a Service) aprimorada para IoT, composta por componentes autônomos, incluindo recursos como computação, armazenamento de objetos e networking. Acredito que a chave para um suporte bem-sucedido é ter componentes projetados para suportar uma escala maciça e garantir o rendimento necessário. Essa plataforma também fornece integração simplificada e suporte para soluções de software empresarial de fornecedores como Oracle, Cisco, VMware, Red Hat, Microsoft e CA.

O termo Data Lake se refere a um repositório global que fornece amplo acesso a grandes quantidades de dados. Os Data Lakes usam uma arquitetura plana para armazenar grandes quantidades de dados brutos, algo que será essencial para a Internet das Coisas. Cada elemento no Data Lake tem um identificador próprio, um metadado para identificá-lo e facilitar sua localização e análise. Além disso, é possível atribuir diversas tags em cada dado e localizá-lo posteriormente dentro de um determinado conjunto.

Por fim, acho importante destacar que acreditamos no Data Fabric por ser uma abordagem que foca para a criação de um meio flexível, escalável e adaptável para gerenciamento e proteção de dados, é um conceito que traz vantagens no cenário atual de TI e, principalmente, em um futuro próximo, guiado pela Internet das Coisas. Com os dados gerados pela IoT jorrando de inúmeros dispositivos e terminais, a capacidade de para armazenar, centralizar e fornecer dados a qualquer componente da infraestrutura ganha um papel cada vez mais importante.

A era da Internet das Coisas requer uma mudança fundamental para abordagens de armazenamento e gerenciamento de dados antigas e tradicionais.

Ariovaldo Veiga de Almeida, engenheiro de sistemas sênior da NetApp do Brasil.

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