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Painel debate importância de se construir uma organização dentro dos objetivos da ODS

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A segunda edição do ESG Fórum, promovido pela TI Inside, começou nesta quarta-feira, 10, com um debate sobre a importância de se construir uma organização dentro dos objetivos da ODS,  um plano de ação global para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030 foram elaborados como uma extensão dos ODM ( Objetivos do Milênio), adotados durante a Cúpula do Milênio, em 2000 pela ONU.

Cíntia Marin, diretora de Comunicação e Sustentabilidade na Afya , participante do primeiro painel, advertiu sobre a evolução da temática ESG nos últimos anos, que foi intensificado durante o período da pandemia no mundo. “Se antes falamos de filantropia na visão da década de 80, hoje, a abordagem evoluiu e falamos sobre responsabilidade social e finalmente de ESG”, avaliou a executiva da Afya.

A Afya é uma empresa que se apresenta como um ecossistema de educação em saúde e health techs do Brasil, que se relaciona com o médico em todas as fases de sua carreira, da graduação à especialização. “Neste sentido  de  atuar em saúde e educação, os conceitos de ESG estão  intrínsecos no DNA da empresa e na jornada em busca desses valores mais amplos de forma paulatina e sistematica”, disse.

Como ela mesma pontuou, “o ESG começa muito antes de uma visão ambiental que é maior, precisa de um entendimento amplo, da mesma forma o social que vai além da filantropia e a governança  que envolve outros conceitos de qualidade de gestão e administração”, ressaltou.

Ela  reforçou ainda que é necessário ter um olhar amplificado ESG e torná-lo transparente  na organização, sob a pena de estar executando apenas um “greenwash”.

Conforme expôs Cinthia Gherardi, diretora de Relacionamento e Marketing do Sistema B Brasil (movimento global que pretende redefinir o conceito de sucesso nos negócios e identificar empresas que utilizem seu poder de mercado para solucionar algum tema social e ambiental. )  por muito tempo se ouviu argumentos de que ESG “não vende” e é “custo extra” e ele argumenta: “sustentabilidade conectada aos negócios não é discurso, é uma realidade, que se ainda não existe, virá a acontecer ” .

Como ela  expôs,  todo o processo para atender as demandas do ESG passam inevitavelmente pela integração com as áreas de negócio. “A  empresa  que entende e  equilibra o  impacto que gera no público interno e externo, vai  maximizar seus ganhos e promove um novo capitalismo e estabelece uma nova economia, sustentada, integrada,  com métricas transparentes e que envolve conselhos das empresas, seu público interno e externo”, pontuou.

“Integração é uma palavra -chave  para que todas as áreas da organização se sintam parte de um projeto, O diálogo com público interno e externo, mostrando como a empresa está  e como atua  na cadeia ,demonstra que a responsabilidade é compartilhada, pois ao expor seus desafios denota para todas as áreas que esta é uma  jornada de transformação onde todos os elementos se complementam e são partícipes. Muita colaboração e um discurso comum fazem com que essas etapas  fluam mais facilmente”, arrematou a executiva.

Como  acrescentou Patricia Nader, head de Impact & ESG na Good Karma Ventures,  empresa gestora de investimentos, um grande obstáculo nas  empresas pode ser a captação de investimentos. “As organizações que buscam investimentos focados em impacto social ou ambiental podem ter resultados palpáveis para a sociedade.  A GK Ventures está tentando resolver esse problema, visto como um dos grandes obstáculos da agenda ESG. Para cada real que a gente coloca nessa empresa,  consegue-se saber quanto é criado de valor que volta para a sociedade, seja de impacto social ou ambiental,”

Thiago do Val, CEO da Crowdy e mentor do InovAtiva Brasil, concorda que é real esta dificuldade no mercado com relação à captação de investimentos e destaca que é maior para startups.

“Existe uma cadeia financeira grande para financiar empresas  ESG e do outro lado empresas buscando financiamento e encontraram altas taxas de juros e como consequência  do cenário macroeconômico. Apesar de tudo isso, empresas ESG possuem  retornos  maiores e  o número de projetos e iniciativas também estão crescendo”, disse.

Como ressaltou Thiago do Val hoje estamos numa jornada de criar a cultura do ESG e fomentar essas empresas, num   trabalho de longo prazo, entretanto o  impacto local são curto prazo.

Para a diretora de Gente, Gestão e Sustentabilidade da M. Dias Branco, Andréa Nogueira, na sua experiência junto a companhia da área de alimentos com marcas regionais, o compromisso com o ESG deve ser verdadeiro.

“Nos últimos 8 anos começamos a fazer um esforço estruturado com práticas  de ESG e ainda estamos evoluindo neste processo. Desde sempre considerou-se conectar a estratégia de sustentabilidade com as estratégias do negócio e para isso precisamos estudar muito.  Firmamos alinhamentos com o  setor de alimentos, parceiros e  consultores do mercado para   desenharmos nossa agenda”, lembrou.

Segundo a executiva, para isso se tornar realidade a jornada foi coletiva, com uma área mobilizadora olhando todo o negócio e  senso de prioridade traduzindo para o plano o que era mais relevante e como se poderia  evoluir. ” Nesta jornada colegiada estudamos  tendências nos ODS e tivemos  inspirações externas ajudando a priorizar nosso propósito como empresa, para não nos limitar e realizar os sonhos de ESG”, disse, ” Para isso, o papel das lideranças  foi de conectar as diretivas à estratégia da empresa. Se o diretivo da empresa acolhe a sustentabilidade , ela fica com o dever de incorporar e assim ser declarada como estratégia “, disse.

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