Muitas empresas ainda não adotaram medidas corretas de segurança e gerenciamento de risco por causa da complexidade organizacional e das prioridades de negócios conflitantes. De acordo com uma pesquisa encomendada à Forrester Consulting pela BearingPoint, 91% dos entrevistados apontaram que a segurança é preocupante para o CEO, mas há prioridades de negócios conflitantes que emperram a implantação de soluções de risco e segurança.
Além disso, a pesquisa revelou que mais de um terço dos participantes afirmam ter que se reportar para vários chefes, como de recursos humanos, jurídico, financeiro e de riscos. Esse fato mostra que tais responsabilidades de gerenciamento de segurança estão sempre divididas entre diversos grupos dentro da empresa, em vez de fazerem parte de um único grupo responsável.
O estudo apontou que há diferenças significantes entre os executivos de TI e os de negócios e que, por exemplo, os profissionais de negócios se sentem mais confiantes quanto à segurança e gestão de risco dentro da organização. Como resultado, esses executivos de negócios estimam menos gastos com iniciativas de segurança e risco nos próximos 12 meses, se comparados com os profissionais de TI.
De acordo com Eduardo Raffaini, diretor da BearingPoint no Brasil, com a atual crise financeira mundial a gestão de riscos está diretamente associada ao sucesso ou insucesso de toda e qualquer empresa e ela gerará uma maior cobrança na forma que as empresas analisam e gerenciam seus riscos nos negócios daqui para frente. "Da mesma forma que ocorreu com o surgimento da Sarbannes-Oxley [Sox] a partir da crise da Enron em 2001", apontou o executivo
Realizada nos Estados Unidos, Europa e Ásia, a pesquisa ouviu executivos das áreas de TI e negócios de 175 grandes empresas com faturamento acima de US$ 250 milhões. Esses profissionais apontaram as prioridades e os desafios das iniciativas de segurança e risco dentro de suas organizações.
- Falta de consenso