A EDS Brasil pretende recrutar mais dois mil profissionais no próximo ano e fechar 2007 com oito mil empregados para atender a demanda aquecida de serviços de TI no mercado local e operações de offshore.
?Vamos manter no próximo ano o mesmo ritmo de contratação de 2006 que é uma média de 200 pessoas por mês?, disse Chu Tung, presidente da EDS Brasil, nesta terça-feira, dia 12/12, ao fazer balanço das operações da filial em 2006.
Metade dos novos talentos será direcionada para a operação internacional, unidade que atualmente conta com uma equipe de aproximadamente mil pessoas para atender clientes dos Estados Unidos.
Este ano, os negócios no mercado externo faturaram entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões e Tung aposta no crescimento das exportações de serviços com aumento da oferta de novos serviços de offshore.
O executivo afirma que o Brasil foi escolhido como um centro de processamento de cartão de crédito, tendo se tornando referência pela plataforma que a filial lançou em agosto último para reduzir em aproximadamente 40% os custos dos clientes com esse serviço .
De Tung, a filial brasileira cresceu 16% em 2006 em estrutura física e em receita, cujo faturamento não foi revelado. Para o próximo ano, é esperado uma expansão de mais de 20%.
As áreas que mais puxaram os negócios em 2006 foram as verticais de finanças, telecom, energia e manufatura. Entre os novos contratos celebrados durante este ano estão a renovação por mais dez anos do acordo para processamento de cartão de crédito com a Visanet e acordo com Braskem.
Novos investimentos
Para suportar o crescimento da empresa, a EDS inaugura em 2007 seu novo centro administrativo, localizado na cidade de São Bernardo do Campo, para abrigar cerca de quatro mil funcionários. A nova sede vai concentrar os sites da filial e está prevista para entrar em funcionamento em agosto.
A empresa também está criando novas ofertas de serviços, entre as quais estão serviços no modelo de BPO (Business Process Outsourcing) para atrair operadoras de telecomunicações. São as soluções para suportar a retaguarda dos call centers dessas empresas para que elas possam dar respostas rápidas aos assinantes.
Marcelo Wassmer, diretor de BPO, explica que a EDS vai aproveitar a experiência que adquiriu na área financeira com processamento de cartão de crédito para entregar às operadoras uma plataforma que integra as várias bases de dados, automatizando com índices de performance e respeitando as exigência da Anatel.
O executivo comenta que às vezes o assinante liga para as centrais de atendimento pedindo uma informação e o atendente transfere para outra área ou pede para o assinante retornar outro dia.
A EDS se propõe a resolver essas pendências. O executivo ressalta que com a competição acirrada no setor de telecom, as empresas terão de investir em novas ferramentas para garantir a satisfação de sua clientela.