Em uma reunião de diretoria ninguém está preocupado em saber se foi servidor, switch ou aplicação que gerou problema nos sistemas de produção da empresa. O que todos necessitam saber é por que levou tanto tempo para tudo voltar a funcionar.
Essa questão permeia toda a estrutura organizacional da área de TI. Informações faltantes ou que não servem para solucionar o problema não querem mais ser ouvidas por quem tem a responsabilidade de garantir a continuidade do negócio das empresas.
Para quebrar o paradigma das informações incompletas, TI precisa gerenciar, no ambiente, de maneira correlata, assim que surge um evento, em qualquer parte da estrutura tecnológica, acionando uma base de dados correlacional para identificar e tratar o dado.
Imediatamente, esse dado tem que ser transformado em informação e esta deverá ser endereçada aos vários níveis da corporação. Para os técnicos, deve conter qual é o componente de tecnologia que esta apresentando problema; para o gestor, qual estrutura de sistemas está sendo afetada; e, para o CIO, qual o negócio não está funcionando.
É impensado para um CIO não receber, em poucos minutos, as informações necessárias sobre indisponibilidade dos ambientes que são de sua responsabilidade, para poder tomar decisões estratégicas em reação ao evento e comunicação às áreas de negócio.
Existem ferramentas que, mesmo com valores muitas vezes proibitivos, conseguem, com muito sucesso, realizar estas atividades. Os processos para garantir a comunicação e reações necessárias são relativamente simples de serem implementadas. O maior desafio para os CIOs é conseguir mudar a maneira de pensar dos profissionais de tecnologia que ainda não conseguem entender que o negócio é o responsável pelo pagamento mensal do seu salário.
Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.