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Modelo de economia circular pode gerar US$ 17 bi ao Brasil até 2030

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O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) divulga nesta terça-feira, 13, com a assinatura de CEOs de cerca de 30 empresas, o posicionamento “Neutralidade Climática: Uma grande oportunidade”, que reitera que uma meta mais ambiciosa de neutralidade climática para 2050 trará ganhos ao Brasil em diversos segmentos: economia, com a geração de empregos verdes e investimentos crescentes em soluções de baixo carbono; comerciais, com poder de negociação mais sólido frente a seus principais competidores; ambientais, com incentivo à redução dos gases de efeito estufa (GEE); e reputacionais.

Seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos, segundo a presidente do CEBDS, Marina Grossi. “Economicamente falando, o CEBDS crê que um total de até US$ 17 bilhões possam ser gerados no País a partir de negócios com base na natureza até 2030. O setor já está engajado, buscando as escolhas certas agora e direcionando os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono e inclusiva, em que os benefícios entre produzir e preservar são claros e representam ganhos para o Brasil”, afirma a presidente do Conselho.

O CEBDS tem liderado o setor empresarial brasileiro devido à urgência para mitigar riscos decorrentes das mudanças climáticas. “São muitos desafios, mas estamos convictos que metas mais ambiciosas trarão mais oportunidades para o desenvolvimento de negócios, resultando em mais investimentos, de recolhimento de tributos e de geração de renda ao setor privado, à sociedade brasileira e, consequentemente, ao País. O setor empresarial brasileiro entende ter papel fundamental na superação de tais desafios e que o caminho passa pelo diálogo transparente e direto entre governo, empresas e sociedade civil, que são cruciais para os avanços necessários”, reitera a presidente do CEBDS.

Entenda o cenário: o Acordo de Paris e a NDC brasileira

Com o único objetivo de reduzir o aquecimento global, o Acordo de Paris é um tratado mundial que foi negociado durante a COP21, em Paris, e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015. Entrou em vigor oficialmente no dia 4 de novembro de 2016, tempo recorde para um acordo climático dessa envergadura. Suas medidas e metas passaram a valer para todos os 195 países signatários do Acordo a partir de 2020.

Faltando pouco tempo para a COP-26, prevista para acontecer em novembro, em Glasgow, o Brasil, que possui 20% da biodiversidade mundial, precisa assumir o papel de protagonista na agenda climática. Os oceanos e a atmosfera esquentam mais ano a ano por causa das massivas emissões de gases. Os maiores vilões nessa história são a queima dos combustíveis fósseis e o desmatamento das florestas (responsáveis por renovar o oxigênio).

Em 2015, o Brasil ratificou o Acordo de Paris para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Esse compromisso é fundamental para obtenção de resultados concretos rumo à economia de baixo carbono. No Brasil, as principais metas da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês), é conseguir reduzir as emissões de gás carbônico em 37% em relação às emissões de 2005. A data limite para isso é 2025, com indicativo de reduzir 43% das emissões até 2030.

“Estamos em um ano decisivo para a questão climática, comparável ao que foi em 2015 em relação ao Acordo de Paris. O Brasil – tanto no Leaders Summit on Climate, com o presidente Biden, nos dias 22 e 23 de abril, quanto em Glasgow, em novembro – tem grande oportunidade para consolidar seu protagonismo nessa agenda e atrair capital internacional, protegendo sua floresta e gerando valor com a biodiversidade que temos.” “As signatárias sabem que as empresas brasileiras têm uma oportunidade inigualável nessa agenda, onde há um novo padrão de mercado com a demanda para produtos e serviços de baixo carbono e inclusivo, atendendo aos critérios ESG”, completa a presidente do CEBDS.

Empresas participantes

CEOs das seguintes empresas assinaram o documento: Bayer, Braskem, Bradesco, BRF, CBA, DSM, Ecolab, Eneva, EQUINOR, Icare, Ipiranga, Itaú, JBS, Lojas Renner, Lwart Soluções Ambientais, Marfrig, Michelin, Microsoft Brasil, Natura, Schneider Electric, Shell, Siemens Energy, Suzano, Ticket Log, Tozzini, Vedacit, Votorantim Cimentos, Way Carbon. A iniciativa conta com apoio institucional: Amcham Brasil, ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Coalizão Brasil Clima – Florestas e Agricultura e ICC – Câmara de Comércio Internacional.

CEBDS

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, além de divulgar os conceitos e práticas mais atuais do tema. Fundado em 1997, reúne cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do país, responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. Representa no Brasil a rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que conta com quase 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países e de 22 setores industriais, além de 200 grupos empresariais que atuam em todos os continentes.

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