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Rede Brasil do Pacto Global lança Blue Keepers para combater os resíduos plásticos nos oceanos

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A Rede Brasil do Pacto Global da ONU anuncia a criação do Projeto Blue Keepers, iniciativa nacional que busca a efetiva mobilização de recursos e inovação tecnológica no combate à poluição do plástico em bacias hidrográficas e oceanos, com o envolvimento de empresas de todos os setores, diferentes níveis de governo e da sociedade civil na preservação do ecossistema. A iniciativa faz parte da Década dos Oceanos, criada pela ONU em 2020, que visa a conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

O primeiro desafio que o Blue Keepers busca superar é a necessidade de entendimento e mapeamento das fontes de resíduos plásticos, entendendo as contribuições decorrentes da ocupação urbana irregular, deficiências nos serviços de manejo de resíduos, carreamento por drenagem pluvial urbana, transporte por rios e aporte via sistemas lagunares e estuarinos. O objetivo é identificar dentro de um problema tão extenso quais são os focos de ação que irão nos levar aos melhores resultados em termos de volume de material recuperado.

Esse mapeamento dos pontos críticos da origem dos resíduos, bem como das causas efetivas que levam ao seu vazamento para o mar, irão embasar a prospecção e implementação de soluções para mitigar esta poluição crônica, orientando ações locais para alcançar ganhos globais, além do desenvolvimento de metodologias e uma plataforma que possam contribuir para que cidades, estados e países avancem nessa questão.

“Os oceanos e mares são os maiores ecossistemas do planeta e são fundamentais para o presente e futuro da sociedade. O oceano conecta nações, economias e mercados, em escala global, estabiliza o clima, produz oxigênio e sequestra carbono, o que é parte principal das ações contra as mudanças climáticas. Sabemos o peso dessas mudanças climáticas na vida das pessoas, com eventos extremos crescendo a números cada vez mais alarmantes. É por isso que convidamos todas as empresas, inclusive as que produzem plástico, a participarem do Projeto Blue Keepers para juntos entendermos o problema e desenvolvermos ações efetivas para a preservação dos oceanos por meio da gestão adequada de resíduos. Todos os setores são protagonistas da solução e nossa iniciativa visa traçar metas claras e ações que serão construídas em conjunto”, afirmou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.

A cada ano, 242 milhões de toneladas de resíduos plásticos são gerados no mundo, com cerca de 8 milhões chegando aos oceanos, o que representa aproximadamente 80% de todos os detritos marinhos no mundo. As estimativas indicam que os resíduos gerados em terra contribuem com até 80% do plástico no ambiente marinho, afetando o ecossistema. O Brasil é o 16º país do mundo que mais contribui para poluição de plástico no oceano e isso pode dobrar até 2030.

Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Década dos Oceanos foi lançada no Dia Mundial dos Oceanos, em junho de 2020, compreendendo o período entre 2021 e 2030, e possui estreita sinergia com o ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis e ODS 14 – Vida na Água, que visa a conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento. O objetivo é ajudar a sociedade a aumentar o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e seja capaz de proteger de maneira eficiente o maior ecossistema do nosso planeta.

A iniciativa Blue Keepers já conta com o patrocínio da Braskem, Alpargatas e Cetesb e os apoios da Enauta, do Instituto Meu Oceano, USP, UNEP, Unibes Cultural, Firjan, Fundación Avina, Fundação Grupo Boticário, Plastivida e Schurmann Corporate.

Para o lançamento do Blue Keepers, a Rede Brasil do Pacto Global realizou na última sexta-feira, 9 de abril, um CEO Roundtable com o tema “o papel do setor privado para um oceano saudável e produtivo”, que convidou líderes de grandes empresas para discutirem o alcance de ações de sustentabilidade e gestão de resíduos plásticos nos oceanos, além da apresentação do projeto.

“É muito importante para a Braskem participar do Blue Keepers. Sabemos que a cadeia produtiva é parte da solução do problema e estamos engajados nisso. Toda a cadeia de valor deve ser envolvida e entendemos o quanto a economia circular é importante. A economia circular já é parte do nosso negócio, trabalhamos muito para que todo o ciclo seja fechado e conseguimos reciclar cada vez mais, com grandes metas já para 2030. Temos que trabalhar também na conscientização dessa cadeia, já que a poluição envolve muitos stakeholders, sejam eles empresas, governos, sociedade civil. É um assunto complexo, mas com o envolvimento de todos teremos ótimos resultados. As parcerias também são muito importantes, como por exemplo as com iniciativas para descarte consciente de resíduos. É preciso ter consciência e responsabilidade, que é dividida com todos, que devem entender as suas. Com o engajamento de todos os atores da nossa cadeia, e fazendo a nossa parte, temos e teremos resultados efetivos a curto, médio e longo prazos. O Blue Keepers já nasce com isso, com a participação de importantes atores como a Cetesb, a USP, Alpargatas e a Rede Brasil do Pacto Global”, afirmou Roberto Simões, CEO da Braskem.

O evento teve as participações da Alpagartas, América Tampas, Braskem, BRF, BV Rio, Coca-Cola, Cosan, Enauta, Klabin, Ocean Pact, Ocyan, Packing Group, Plastivida, Pólen, Polo Filmes, Valfilm, Vitopel, Zaraplast, além de organizações como Abrelpe, Acqua Mater, Atina, Avina, Conselho Regional de Administração de São Paulo, Delegação da União Europeia no Brasil, Firjan, Instituto Alpargatas, Ocean Imersion, UNEP e UNESCO.

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