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Metaverso e as novas perspectivas para o e-commerce

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Imagine oferecer aos clientes a possibilidade de fazer testes ricos em detalhes antes de uma compra. Por exemplo, ao procurar na categoria “Móveis”, ele pode simular um ambiente do tamanho da sua cozinha, experimentar diferentes mesas, avaliar como os seus utensílios ficam dispostos em cima dela, além de poder criar um avatar para sentar nas cadeiras e avaliar a qualidade e conforto de cada um dos modelos. Esta é apenas uma das potencialidades do metaverso: considerado o termo do ano, esta palavra obteve nada menos que 84 mil menções nas redes sociais, originadas de 29 mil autores únicos, apenas em 2021.  

Os dados são do Blog Comscore, que informou também o perfil do público interessado nesta inovação. Segundo eles, 82% das referências foram feitas pelo público masculino, interessado em tecnologia, negócios, livros e família/paternidade, proveniente dos meios artístico, educadores e estudantes, de modo geral. O pico aconteceu no final de outubro, justamente quando o então Facebook se apresentou ao mercado como Meta.  

Não é por acaso que o potencial futurista do metaverso vem agitando a rotina de inovações criadas pelos grandes varejistas online. A tendências é que, em poucos anos, tenhamos melhorias significativas na experiência de compra — não apenas na visualização dos produtos, mas também no próprio atendimento. Pouco a pouco, devem surgir transformações mais profundas, fruto do espelhamento do mundo real no ambiente virtual, promovidas pelo uso de avatares 3D e realidade virtual e aumentada.  

Apesar do frisson em torno do metaverso e da rapidez esperada para que ele aconteça, não creio em mudanças repentinas na forma como as vendas online são efetuadas hoje. A implantação de novas ferramentas e a adesão a elas pelos consumidores devem acontecer gradativamente, em uma velocidade relativamente alta. Por isso, no meu ponto de vista, não haverá uma virada de chave brusca, até mesmo por termos um mercado inexplorado por muitos consumidores, no Brasil.  

Mas cada mudança será muito importante e trará impactos não só para o comércio online, como também, para a jornada de compra do consumidor. Vivenciar o passo a passo do processo – avaliação dos produtos, o manuseio, o transporte e sua entrega por metaverso – será uma experiência única. O consumidor nem imagina que está prestes a experimentar tecnologias muito avançadas e surpreendentes para acompanhar o tracking, vendo exatamente em qual ponto do mapa seu pedido está e conhecendo até o momento exato em que o entregador baterá em sua porta para realizar a entrega.  

Além disso, o metaverso tende a criar espaços de interações mais perenes e constantes. Isso abrirá espaço para que o e-commerce melhore ainda mais o relacionamento das marcas com seus clientes e passem a entender muito mais sobre as decisões de compra. Isso deve ocorrer em função da extração de informações sobre o seu comportamento por meio das camadas virtuais apresentadas a eles. 

Há cerca de seis meses, penso e estudo quais as ferramentas mais úteis a serem implantadas rumo a esta realidade. Chegar ao metaverso exige atualizar várias ferramentas de front-end, que estão na camada de interação dos usuários, além de algumas ferramentas de comunicação entre sistemas também. A lição de casa da maioria dos varejistas online é acompanhar os cases internacionais, como Amazon, Shopee e Mercado Livre, que já estão implementando inovações e explorando este novo universo.  

Entretanto, o e-commerce brasileiro não pode se limitar a observá-los, porque a experiência de compra dos públicos é diferente. A tecnologia pode ser excelente e a mesma que iremos implantar futuramente, mas existem detalhes que não fazem sentido em nosso mercado porque culturalmente não se aplicam aqui. Por isso, a opção é criar algo novo, que tenha mais aderência às necessidades do nosso consumidor. Mas por se tratar de algo tão novo, muitas ferramentas passarão por processos até serem totalmente funcionais. É aí que elas vão se encaixar para o consumidor.  

Assim como o mundo passou por grandes revoluções tecnológicas que transformaram tudo, o e-commerce está sendo uma delas. E com mais tecnologia e com ferramentas que facilitam o dia a dia dos consumidores, esse crescimento será cada vez maior. As vendas online não são apenas uma tendência, mas uma necessidade do mercado, logo os e-commerces precisam fazer seu papel de manterem-se atualizados e adotarem soluções de ponta que agreguem cada vez mais ao processo de consumo. Isso é o que se espera de um segmento que não para de expandir. 

Marcelo Dantas, CEO da Estrela10. 

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