Depois de praticamente quadruplicar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no país, que contabilizou R$ 32 bilhões em 2010, o governo pretende, a partir da implantação do Plano Inova Empresa, aplicar mais R$ 32,9 bilhões até 2014. A informação é de Nelson Fujimoto, secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ao dizer que o governo enxerga inovação como estratégia fundamental para políticas governamentais e fomentar a competitividade das empresas do país. “A política industrial deve ser permeada com foco em inovação”, comentou durante painel, nesta quinta-feira, 13, no Ciab Febraban 2013.
O secretário elencou durante sua apresentação todos os investimentos que o governo realizou nos últimos anos para o desenvolvimento de diversos setores com base em inovação, como o Plano Brasil Maior e a Lei da Inovação, marco regulatório para investimentos em inovação tecnológica que está passando por aprovação em diversos estados brasileiros. Ele ainda destacou que agora o foco é ampliar investimentos no setor privado, abrindo a possibilidade de debater com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) a formação de uma parceria para aplicar benefícios em bancos e instituições financeiras. “Os gastos de TI das instituições financeiras representaram 15% de todo o investimento feito por todas as indústrias. O crescimento dos investimentos é direcionando pelo maior acesso a serviços bancários por meios eletrônicos”, pontuou Fujimoto. “Já fomos procurados por instituições para identificar o que podemos trazer de inovação para o setor bancário, como conjunto de marcos regulatórios, e estamos abertos a ampliar a discussão para o setor privado.”
Para atender a essa demanda, está em pauta na Câmara dos Deputados possíveis mudanças na Lei de Informação visando levar ao setor privado o instrumento inovativo, por meio da oferta de vantagens pra fomentar o desenvolvimento da economia brasileira, de acordo com Fujimoto. “O setor bancário é muito importante e estamos abertos para receber outras instituições para pensar em estímulos ao segmento, que tem a margem regulatória forte e precisa ter, na inovação, a forma de sustentar o seu negócio”, completou.