Empresas recomendam ampliar cultura de proteção de dados de forma transparente

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Durante o painel Experiências Pessoais em processos de Adequação em LGPD, realizado no Data Protection Forum, nesta terça-feira,11, em São Paulo, encarregados de dados e especialistas de mercado discutiram como a nova legislação está influenciando a vida dos consumidores e como tem impactado as empresas brasileiras.

Para Adriano Mendes, advogado da Assis e Mendes Advogados, mediador do painel, a mensagem que fica é que apesar da legislação parecer pesada e burocrática para as empresas, quanto se pensa em termos das pessoas, pode-se ver impactos positivos. "Para o indivíduo vai ficar mais claro com quem ele quer ou deseja fazer negócios e compartilhar seus dados pessoais, sempre lembrando de que ele tem  liberdade de escolher e vai estar mais consciente de suas escolhas. Tanto a liberdade  quanto o consentimento ficarão mais claros", explicou.

Outro ponto novo para todos, é que agora se está falando muito sobre a Lei, e esta comunicação deve ser feita de forma assertiva, mostrando o lado bom da regulamentação como afirmou Adriana Tochet Wagatsuma, supervisora de Assuntos Legais e Compliance na Ford do Brasil . "A cultura da proteção de dados não precisa ficar somente nos limites das empresas, é para ser levada dentro de casa, nas escolas, com as crianças, que estão muito expostas ao mundo virtual. Muito já está se falando de um mundo pós privacidade, mas eu acredito que a questão privacidade será sempre muito importante. É preciso identificar os limites,  mostrar as barreiras desse processo e  este é o grande desafio para todos nos próximos anos".

Segundo Walquiria Favero, superintendente Jurídica, Regulatório e Compliance na DASA, por estarmos num momento de transformação digital, onde existem muitos projetos de inovação sendo feitos; com  o surgimento de várias startups; quando se  fala em Inteligência Artificial, assuntos ligados a tecnologia são comuns, mas este desenvolvimento todo não poderia acontecer sem os dados. "Hoje os consumidores querem saber mais e mais sobre o está sendo feito com seus dados. É preciso usar o compliance para gerar valor aos negócios. Vamos olhar melhor para as empresas que tratam bem meus dados  e o usam de forma legal.",  complementa.

"Vejo que o tratamento do dados já é uma preocupação das empresas, principalmente aquelas que lidam com grande volume de dados, em manter a privacidade de seus usuários e mantê-los como clientes. Ao fazer as coisas de forma correta, surge um diferencial competitivo muito positivo", comentou Myrella Mazzucchelli Dias, advogada da OLX Brasil

Entretanto conforme disse Rafaela Felipe, executiva da área Legal & Data Protection da HiperStream, a discussão é importante neste momento de implementação de projetos de aderência à legislação "é ter em mente  que ela vem  defender um direito fundamental que é o direito à privacidade".  

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