A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, negociam um empréstimo de R$ 2 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Os recursos serão usados para estimular a inovação nas empresas. O orçamento da Finep para este ano é R$ 5,1 bilhões. "No Brasil a taxa de inovação ainda é baixa. Com mais recursos temos mais chances de mudar esse panorama", afirmou o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Roberto Vermulum.
A expectativa da agência de fomento é chegar em 2014 com R$ 50 bilhões disponíveis para financiamento. Vermulum reconhece que o valor é alto, mas disse que é possível o orçamento chegar a esse patamar. "Com esse orçamento vamos garantir que o investimento empresarial em atividades inovadoras atinja 0,9% da soma de tudo que é produzido no Brasil."
Entre 2006 e 2008, segundo dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), organizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 38% das empresas apresentarem pelo menos um produto inovador. Nesse período, foram aplicados R$ 10,7 bilhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) por essas empresas. "Percebemos que o empresariado usa poucos recursos de terceiros para investir em P&D", destacou o diretor durante uma palestra na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Vermulum defendeu mais recursos para que a Finep possa aportar dinheiro em projetos mais ambiciosos. "Com o recurso atual, o nosso limite de financiamento não permite investimentos altos", concluiu.
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