A Lenovo anunciou nesta quinta-feira, 13, juntamente com os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2015-2016, encerrado em 30 de junho, que vai demitir 3,2 mil funcionários, o equivalente a 5% de sua força de trabalho — de 60 mil empregados — no segundo semestre do ano fiscal vigente.
Em um e-mail enviado aos funcionários, o CEO Yuanqing Yang afirmou que os cortes são reflexos do resultado decepcionante no primeiro trimestre fiscal, em que reportou expressiva queda no lucro, em decorrência da desaceleração nas vendas de PC e de dispositivos móveis.
“Em muitas áreas, nós entregamos resultados sólidos. Mas o objetivo da Lenovo é entregar um crescimento consistente em todos os nossos negócios”, salientou. A fabricante chinesa espera, com as demissões, economizar US$ 650 milhões no segundo semestre do exercício fiscal e cerca de US$ 1,35 bilhão em uma base anual.
Ainda de acordo com o CEO, para garantir que a Lenovo volte a crescer em todos os segmentos em que atua, o foco será “reestruturar seu negócio de mobilidade, se reposicionar no segmento corporativo e acelerar os esforços para conquistar 30% de participação no mercado de PCs por meio de uma melhor sinergia de sua consolidação, ao tornar-se ainda mais eficiente e reduzindo os custos para garantir o crescimento sustentável e rentável”.
Resultados financeiros
A Lenovo encerrou o primeiro trimestre fiscal com queda de 51% no lucro líquido, que caiu de US$ 214 milhões, no mesmo período do exercício fiscal anterior, para US$ 105 milhões. Por outro lado, a receita da empresa contabilizou US$ 10,7 bilhões, cifra 3% superior aos US$ 10,4 bilhões apurados um ano antes.
A receita obtida com a venda de PCs caiu 8% e somou US$ 7,3 bilhões, enquanto a do segmento de enterprise teve alta de 6%, totalizando US$ 1,1 bilhão. Já a receita com mobilidade expandiu 33%, somando US$ 2,1 bilhões. Foram vendidos 16,2 milhões de smartphones no período, ligeira alta de 2% em relação às vendas do mesmo trimestre do exercício fiscal anterior.
Na quebra da receita por região, a China respondeu por 30% da receita total da companhia no período, somando US$ 3,2 bilhões, cifra 16% inferior em relação à obtida um ano antes. A região que engloba Europa, Oriente Médio e África (EMEA) arrecadou 25% da receita da fabricante, totalizando US$ 2,6 bilhões, queda de 5% na mesma comparação. Já a região das Américas teve expansão de 46%, para US$ 3,3 bilhões, e foi responsável por 30% do faturamento, enquanto a Ásia-Pacífico totalizou US$ 1,6 bilhão, elevação de 35% e responsável por 15% do total.
