O setor brasileiro de call center, um dos maiores geradores de empregos e negócios no país, deve fechar o ano com 675 mil trabalhadores, um crescimento de 10% em relação a 2005, e faturamento de R$ 4 bilhões somente por parte das empresas que operam como terceirizadas. A Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) prevê a criação de 75 mil novos postos de trabalho ao longo de 2007 e aposta na manutenção de crescimento no patamar de 10%.
?Com a percepção crescente de que o bom atendimento ao cliente pode gerar valor agregado à marca e ao produto, as empresas estão profissionalizando cada vez mais seus call centers?, aponta Topázio Silveira Neto, presidente da ABT. ?Além disso, os serviços públicos e empresas estrangeiras ? interessadas em internacionalizar suas centrais ? estão entre as principais contratantes em potencial do setor em 2007.?
Silveira Neto lembra que tal crescimento será viabilizado com a publicação do Decreto nº 51.300, de 23/11/06, assinado pelo governador de São Paulo, Claudio Lembo. O decreto prorroga até dezembro de 2007 a redução da base de cálculo do ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) nas contas telefônicas das empresas de call center instaladas em São Paulo.
Para assegurar que o crescimento seja acompanhado de profissionalismo, o setor lançou o Programa Brasileiro de Auto-Regulamentação (Probare), com um Código de Ética, uma ouvidoria para os consumidores e a certificação das empresas (com um selo de ética ou uma norma de maturidade) que passarem por auditoria independente.